Dormir é mais importante que a alimentação, diz neurocientista

Mulher dormindo. Foto: Pikist

Há um ditado popular em Portugal que diz que “dormir é meio sustento”‘ e existe muita verdade nestas palavras. Dormir é de extrema importância para o bem estar humano.

O neurocientista Fabiano de Abreu, viu seu estudo sobre a importância de dormir e de dormir bem, intitulado “Dormir pouco ou tarde causa disfunções que acarretam em doenças, envelhecimento precoce e morte prematura”, ser aprovado pela academia científica e publicado na revista Brazilian Journal of Development”,

“Dormir é mais importante do que se alimentar, sim, fazendo um comparativo justo, que não seja ficar sem comer. Dormir é um reset no cérebro, momento em que ele se aprimora, fazendo, inclusive, sua limpeza necessária e repondo energia. Mas não pense que ele fica totalmente apagado, ele está ativo, processando as memórias ao longo do dia. Quando dormimos, há reparos celulares com oxigênio, glicose e a limpeza de dejetos, quando não há este processo, as reações dos órgãos a estímulos e instruções ficam debilitadas. Exemplo da adenosina, envolvida na regulação de importantes mecanismos no SNC e no sono, que se acumula e intoxica o sangue, diminuindo o ritmo da pessoa à proporção das horas que ela passa acordada”, explica o profissional.

A falta de sono ou da qualidade dele está muitas vezes associada a outras doenças: ‘A falta de sono tem sido associada com o maior risco para o desenvolvimento de diabetes tipo 2, obesidade, doenças cardiovasculares e depressão”.

Pés descalços em cama. Foto: Pikist

Manter boas noites de sono acarreta uma série de benefícios tanto físicos como mentais.

“Uma boa rotina noturna não só mantém a boa imunidade, como também melhora a concentração, memória, humor, criatividade, disposição e controle do estresse. São necessárias de 7 a 8 horas de sono, dependendo do organismo, que depende da genética. Privar o sono, pode resultar em inúmeras doenças como consequência da disfunção dos neurotransmissores, doenças provenientes do sistema imunológico debilitado, ou danos cerebrais. Humor e sono usam os mesmos neurotransmissores, privar o sono causam os mesmos sintomas da depressão”, indagou o neurocientista.

Existem ainda alguns mitos sobre o sono que devem cair por terra. Uma noite perdida, está para sempre perdida.

“Há quem pense que compensar o sono, resolve. Mas isso não é verdade já que, a noite é feita para dormir e não o dia, por isso temos a melatonina relativo ao escuro e à serotonina relativa à luz. Para compensar uma noite mal dormida, devemos dormir diversas outras noites bem dormidas para o equilíbrio regulando o ciclo circadiano”, altera Abreu.

“O resultado de noites mal dormidas é a disfunção em nossos neurotransmissores, descontrolando assim todo um processo biológico responsável por nossa saúde e bem-estar geral. Acarretando em doenças em diferentes períodos da vida, causando envelhecimento precoce e levando à morte prematura”, conclui o médico ressaltando que um dos pilares para uma saúde sustentável, para o bem estar físico e mental.

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