Crise na América do Sul: confrontos se acentuam na fronteira da Venezuela

Os confrontos entre membros da Guarda Nacional Bolivariana e manifestantes em Ureña, na fronteira da Venezuela com a Colômbia, se acentuaram na tarde deste sábado (23).

Desde o início da manhã, a GNB já disparava bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e atirava para dispersar as pessoas que tentavam cruzar a fronteira, mas no início da tarde, os militares saíram do posto e avançaram pelas ruas da cidade. Ainda não há informações sobre feridos.

Mais cedo, os manifestantes incendiaram três ônibus e queimaram pneus. A cidade de Ureña tem pontes que ligam a Venezuela à Colômbia e foram fechadas pelo governo. Desde o início da manhã deste sábado, manifestantes pressionam para tentar cruzar a fronteira. Durante os confrontos, quatro militares abandonaram seus postos e desertaram.

Em coletiva de imprensa, também neste sábado, o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, fez um apelo para que as Forças Armadas comandadas pelo regime Nicolás Maduro permitam a entrada de ajuda no País, classificando-a como uma “ação pacífica”, e destacou que os militares, caso desejem estar do lado “certo”, receberão anistia e garantias de que não serão punidos.

“Essa ação pacífica que busca salvar vidas neste momento é um apelo muito grande ao povo da Venezuela”, disse ele, em comunicado feito ao lado do presidente da Colômbia, Ivan Duque, em Cúcuta, na cidade colombiana fronteiriça da Venezuela de onde tenta partir, assim como uma operação semelhante no Brasil, ajuda humanitária ao país vizinho.

Guaidó disse que há um apelo “muito grande” para as Forças Armadas, para estarem do lado certo da história e da Constituição venezuelana.

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