Coronavírus: OMS reclassifica ameaça global para ‘muito elevada’

Diagnóstico laboratorial de casos suspeitos do novo coronavírus. Foto: Reprodução

Diagnóstico laboratorial de casos suspeitos do novo coronavírus. Foto: Reprodução

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reviu, nesta sexta-feira (28), a própria posição sobre a ameaça internacional do coronavírus e a classificou como “muito elevada”.

Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, o aumento no número de casos fora da China e a quantidade de países que confirmaram a presença do coronavírus são fatores de preocupação e motivam a mudança do entendimento da agência especializada em saúde.

“Nossos epidemiologistas têm monitorado esses desenvolvimentos continuamente e agora nós aumentamos a nossa avaliação de risco de dispersão e de impacto do Covid-19 para muito alto, no nível global”, destacou Ghebreyesus, em coletiva de imprensa.

O gestor explica também que há epidemias de coronavírus em vários países, mas que ainda é possível rastrear os contactantes. Por isso, não há provas de que o vírus esteja se espalhando livremente. “Enquanto for este o caso, ainda temos a chance de conter o coronavírus”, ressaltou.

A declaração vem em resposta à pressão da comunidade científica para classificar o coronavírus como uma pandemia, quando o contágio não está restrito a um número fechado de países e o vírus circula no mundo inteiro. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou várias vezes que a OMS já deveria ter tomado essa decisão.

O diretor-geral frisou que o combate ao coronavírus deve ser feito coletivamente. Pontuou inclusive que a população mundial precisa adotar as medidas de prevenção, como lavar as mãos com frequência, cobrir a boca ao tossir e evitar grandes aglomerações.

“Juntos, somos poderosos. A contingência começa com você. Nosso maior inimigo agora não é o coronavírus em si. É o medo, são os boatos e o estigma. E nossas maiores vantagens são os fatos, a razão e a solidariedade”, salientou.

O vírus que surgiu na China no fim do ano passado já chegou a cerca de 50 países e soma 3 mil mortes e mais de 80 mil infectados. O Brasil confirmou o seu primeiro caso nesta semana, em São Paulo, e investiga indícios de que esse número pode chegar a 300 novos pacientes. No DF, são cinco suspeitas.

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