Comunicação: a chave para dominar o home office entre gestores e colaboradores

Home office. Foto: iStock

Home office. Foto: iStock

A pandemia do novo coronavírus foi capaz de mostrar e enfatizar muitos detalhes da forma como as pessoas trabalham durante o isolamento social. Com a adoção obrigatória do home office em diversas empresas, boas e más práticas ficaram cada vez mais evidentes, e uma delas – a mais mencionada e a mais recorrente entre os trabalhadores e gestores – é a comunicação.

Isso porque, com o período de home office, parte das comunicações não verbais ou as comunicações rápidas ao longo da rotina presencial foram substituídas por chamadas de vídeo, ligações telefônicas ou mensagens por aplicativos. Essa mudança apontou, em boa parte dos casos, para um momento em que as tarefas começaram a ficar menos claras, nas quais o tom de voz também acaba recebendo maior atenção.

Para evitar o absenteísmo – condição na qual há falta de assiduidade na produtividade do trabalho por diversos motivos, como ausência ou atraso –, haja visto esses desafios à frente, uma parte considerável dos líderes e gestores está investindo em inovação no ambiente de trabalho, tanto em 2020, quanto para 2021.

Uma pesquisa realizada pela Avaya Inc., líder mundial em contact center, destacou que três em cada quatro gestores estão mais focados na comunicação com os colaboradores durante a pandemia e enxergam esse como um dos principais desafios do home office a longo prazo. Camila Neves, gestora de uma equipe de designers, é uma dessas pessoas.

“Em várias reuniões, percebemos que as pessoas estavam bem perdidas sobre como deveriam desempenhar algumas tarefas dentro de casa, porque o pedido nem sempre estava claro (…). Outra informação que conseguimos analisar na empresa é que o tom de mandar uma mensagem é muito diferente do tom ao falar por telefone ou por ligação em vídeo. Muitas vezes pode soar grosseiro, então estamos investindo em novas formas de comunicação para que todo mundo consiga sair satisfeito”, comenta.

O levantamento, feito em agosto de 2020 com 300 líderes de empresas variadas, também aponta que 58% dos entrevistados dizem que o trabalho remoto facilitou a diversidade e distribuição de novos colaboradores. Além disso, oito em cada dez empresas socializaram com seus funcionários oficinas e seminários sobre a adaptação de um espaço do lar como ambiente de trabalho, pelo menos enquanto perdurar a pandemia. Ademais, tutoriais e oficinas sobre os recursos tecnológicos utilizados dentro do home office também foram estratégias assertivas dentro das empresas.

As oficinas são uma boa saída para o problema de funcionalidade dos programas novos, usados durante a pandemia para comunicação. O estudo da Anaya também destaca que 32% dos gestores relataram que seus colaboradores têm dificuldades com as novas tecnologias para promover o trabalho remoto, pensado especificamente para a comunicação, além de problemas com a conexão durante chamadas de vídeo ou uploads de arquivos na rede ou sistema da empresa.

“Aqui, é possível perceber que algumas pessoas se adaptaram melhor que outras à rotina do home office. Então, temos investido em novas propostas para melhorar o sistema, e, neste caso, é essencial ouvir o depoimento dos colaboradores e saber diferenciar as formas que cada um deles trabalha”, aponta Camila.

Outra pesquisa, esta realizada pela Green Comunicação, também destaca que os principais aplicativos ou serviços utilizados para comunicação com a equipe foram o Google Hangouts e o Google Meets, o Skype, o WhatsApp, o Microsoft Teams e o Discord – todos focados em comunicação imediata, tanto para mensagens, quanto para ligações por vídeo ou por voz.












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