Caso Henry: mãe muda versão e diz sofrer ameaças do Dr. Jairinho

Henry no colo da mãe; o padrasto Jairinho faz um carinho no menino. Foto: Reprodução

Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, mudou sua versão sobre a morte do filho. Segundo reportagem do “Fantástico”, da TV Globo, Monique acusa o namorado, o vereador Dr. Jairinho, de ser agressivo e fazer ameaças contra ela.

“Eu tentava a todo custo me afastar e me desvincular dele, mas fui diversas vezes ameaçada e minha família também”, relatou.

No seu primeiro depoimento, Monique disse que por volta de 3h30, aproximadamente, acordou quando viu a TV ligada e Jairo dormindo ao seu lado; quando então acordou seu marido para que fossem para o quarto. Ele se levantou e foi ao banheiro da suíte de hóspedes; Monique foi para o quarto do casal e lá já se deparou com seu filho caído ao chão. Agora ela mudou sua versão sobre o caso.

“De madrugada, ele me acordou dizendo para eu ir até o quarto, que ele pegou o Henry no chão, o colocou na cama e que meu filho estava respirando mal”, disse na carta.

“Preciso prestar novo depoimento, pois fui orientada a mentir sobre a noite da morte do meu filho. Fui treinada por dias para contar uma versão mentirosa por me convencerem de que eu não teria como pagar um advogado de defesa e que eu deveria proteger o Jairinho, já que ele se diz inocente”, escreveu em outro trecho.

O menino Henry Borel, de 4 anos, morreu no dia 8 de março em um apartamento onde morava com a mãe e o padrasto, o vereador do Rio de Janeiro Dr. Jairinho. O laudo de necropsia do Instituto Médico-Legal (IML) indicou que a criança sofreu 23 ferimentos pelo corpo e a causa da morte foi “hemorragia interna e laceração hepática”. Ele apresentava lesões hemorrágicas na cabeça, lesões no nariz, hematomas no punho e abdômen, contusões no rim e nos pulmões, além de hemorragia interna e rompimento do fígado.

Monique e Dr. Jairinho estão presos desde o dia 8 de abril. Eles são investigados por homicídio duplamente qualificado. No mesmo dia da prisão, Dr. Jairinho, que está em seu quinto mandato como vereador, foi expulso do Solidariedade, partido em que estava filiado.

Comentários

 




    gl