Carnaval de Maquete: Conheça o compositor dos sambas da Novo Império para 2022

A União das Escolas de Samba de Maquete, neste ano de 2022, terá entidades que apresentarão sambas enredos autorais, como é o caso da Acadêmicos do Novo Império. E participando da composição de samba enredo da agremiação gonçalense, está uma promessa do mundo do samba, Guilherme Gonçalves. Segue abaixo a entrevista que ele nos concedeu:

Guilherme, como é sua história com o mundo do samba?

Então amigo, eu sou de uma família tipicamente carioca. Somos apaixonados por samba e futebol. Hoje o futebol é meu trabalho, feito com paixão, e o samba a paixão, que quem sabe um dia eu possa trabalhar. Minha bisavó foi a primeira a viver no Brasil dessa minha linhagem familiar e rapidamente se encontrou na Mangueira e no Flamengo, foi fazer sua vida na baixada e partir daí a Beija-Flor, que seria fundada em 48, seria o caminho de todos na minha família e dali veio minha referência no samba. Minha avó, que trabalhou com Joãozinho, desenhava fantasias e era uma costureira de mão cheia. Minha madrinha , que foi durante muito tempo da bateria Soberana, baixinha, tocava um surdo de primeira e depois partiu pra desfilar com fantasia, estando naquele famoso carro dos mendigos em 1989. Segundo ela, neste desfile o Joãozinho mandou “rola na lama e rasga a roupa toda”, e claro ela assim o fez. Essa é a minha base.Desde pequeno amo a Beija-Flor e a partir da minha escola, o samba, fui conhecendo outras comunidades: a Mocidade por influência de meu pai, a São Clemente, escola de muitos amigos, enfim, aí começou minha paixão.

E a vontade de compor sambas de enredo, como começou?

Acadêmicos do Novo Império – São Gonçalo/RJ

Sempre gostei de compor. Na minha escola tinha olimpíadas, e era um evento na cidade (cresci em Cabo Frio). Tinha pavilhão (bandeirão), teatro, dança, líder de torcida coreografada, torcida organizada, jogos, e eu sempre fui o líder das bandeiras que integrei e minha parte favorita era fazer o hino da bandeira e sempre era uma paródia de um samba. Eu escrevia, ensaiava com todas as turmas, desde o infantil, passando por todas as séries  Mandava até bilhete pra casa para os pais aprenderem também. Ensaiávamos uma bateria e chegava no dia, era um espetáculo, todo mundo já esperava pelo samba da minha bandeira.

Mas as primeiras composições suas mesmo, quando surgiram?

Me formei em 2018 e em 2019 comecei a brincar de estudar as sinopses e compor. Eu sabia que eu não tinha contato, nem dinheiro pra compor pra uma escola mas esse ainda segue sendo o meu sonho, principalmente para a minha Beija Flor.Conheci em 2020 a LIESV ( Liga Independente de Escolas de Samba Virtuais), onde compus meu primeiro samba, pra Ases imperial, cantado pelo Emerson dias e Igor Viana. Depois compus pra outras escolas da liga e para outras ligas virtuais como a Carnaval Virtual e Carnaval e Arte  e de Maquete como a Liga GRESA ( Liga Grande Recifense de Escolas de Samba Associadas) onde venci e perdi disputas. Perdi mais do que venci é claro.

Como surgiu sua ligação com a nossa liga, a UESM?

Recebi o convite para compor para duas escolas da UESM, que estão escrevendo sambas autorais pela primeira vez e me senti honrado. Escrevi com muita paixão, estudei muito os temas e espero que todos gostem muito! Sempre estarei a disposição das escolas, não quero que meu nome seja lembrado, mas que os trechos dos meus sambas sejam cantados.

Quantas disputas de sambas você já ganhou e qual o samba que você mais ama de sua autoria?

Eu tenho quase certeza que uns quinze sambas meus já desfilaram entre as ligas. Sambas que eu escrevi. Claro que a gravação, o cantor, influência muito na qualidade do samba, e até por isso, o samba da Ases, “Oxumaré” acredito que tenha sido o melhor na prática, mas o que eu mais gosto é o “Dança” do Astro Rei da Folia, mas amo muito todos. Compus o samba da Novo Império para a UESM. Estou completamente apaixonado e ansioso para ouvi-los pronto, acho que foram as letras mais bonitas que já escrevi.

Já concorreu a disputa de sambas em escolas reais?

Eu concorri em escolas reais, mas foi mais para por em prática “meu sonho” do que competir mesmo. Algumas escolas paulistas fizeram disputas virtuais esse ano, daí eu me inscrevi, com gravação amadora e alguns amigos cantando. Fiz para Leandro de Itaquera, Tom Maior e Mocidade Alegre, sendo essa última na minha opinião, se fosse gravado de forma profissional, seria um samba forte no concurso.

Qual samba você gostaria de ter composto?

Quero compor meus próprios sambas. Aprender com os compositores e trilhar a minha própria história. Mas o meu samba favorito, que eu teria orgulho de chamar de meu, é “PAMPAS” da Beija Flor. Outro samba que adoro, para não falar que puxo sardinha da minha escola é Marrocos da Mocidade. Isso sem falar dos grandes clássicos do carnaval, é claro.

 

Veja Mais do trabalho do Guilherme  no Instagram da Acadêmicos do Novo Império

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