Candidatos à presidência fazem diversas promessas em encontro com prefeitos

Os principais candidatos à presidência, José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Dilma Rousseff (PT) participaram de um encontro com mais de mil prefeitos de todo o país. Serra prometeu, caso eleito, criar uma força nacional permanente para calamidades. Marina já prometeu criar um sistema único de educação. A petista se comprometeu em atuar para ampliar os recursos destinados à saúde.

Serra criticou a política de redução temporária de impostos que teria prejudicado os municípios. De acordo com o tucano, é preciso evitar a redução de tributos partilhados pelas cidades e que afetam o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

“Acho que precisamos construir mecanismos que impeçam essa redução no FPM. Houve uma assimetria porque o governo renunciou à receita e quem mais perdeu foram os estados e municípios”, argumentou.

A senadora afastada Marina Silva, prometeu criar o Sistema único de Educação, se inspirando no Sistema Énico de Saúde (SUS). Como professora, ela se mostrou favorável ao aumento de recursos destinados à educação fundamental de 4% para 5% do Produto Interno Bruto (PIB) e ofereceu saídas alternativas para a criação de creches que solucionem os problemas dos pais de família que não tem lugar para deixar seus filhos.

“É fundamental que a gente possa ter ação compartilhada buscando saídas inovadoras para questão da cresce. É possível fazer creches comunitárias”, disse Marina. “Como professora e como mãe que já trabalhou e que muitas vezes teve que sair 5h da manhã para deixar a filha na casa de um parente, sei o quanto é importante ter um espaço digno para deixar o filho para poder ir trabalhar”, disse.

A pré-candidata petista, Dilma Rousseff, criticou a relação entre o governo federal e os prefeitos durante o governo do antecessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso. De acordo com ela, diálogo não se faz “com cães nem com a polícia em cima dos prefeitos”. Dilma defendeu a distribuição dos recursos dos royalties do pré-sal a todos os municípios e pediu a recomposição das receitas aos municípios, afetadas pela crise mundial.

“Diante dessa crise, o governo foi parte da solução. Nós fomos os últimos a entrar e os primeiros a sair. Mas eu acho que essa crise trouxe uma medida compensatória que foi feita em relação à arrecadação das prefeituras. Nós recompusemos as receitas no nível de 2008”, afirmou.