Candidato ao Governo do Rio, Witzel ameaça dar ‘voz de prisão’ a Eduardo Paes

O candidato ao governo do Rio de Janeiro Wilson Witzel do PSC, ameaçou seu oponente no segundo turno, Eduardo Paes do DEM, dizendo que vai mandar prendê-lo em flagrante por injúria se o ex-prefeito da capital fluminense “falar mentiras” em debate.

Através de um vídeo publicado na internet, Witzel, que é ex-juiz federal e obteve 41,28% dos votos válidos para governador no primeiro turno, acusou Paes, escolhido por 19,56% dos eleitores, de disseminar notícias falsas contra ele.

“Vá no debate falar essas mentiras que você vai ver a resposta. Agora, cuidado, que o crime de injúria está sujeito à prisão em flagrante, viu? Dá uma ‘estudadinha’, conversa com seus advogados, porque se você falar mentira ao vivo, eu vou te dar voz de prisão. Vai ser o primeiro candidato a governador que vai ter voz de prisão ao vivo, em um debate. Eu avisei ao Garotinho, se ele fizesse isso, que eu daria voz de prisão a ele. Nós sairíamos dali para uma delegacia, para lavrar o auto de prisão em flagrante. Evidente, se você não quiser se submeter, à Lei 9.099/1995, que é o termo circunstanciado. Mas é um aviso que eu te dou. Cuidado com a sua língua. Porque você sabe que a língua é o chicote do rabo, diz um ditado popular”, declarou Witzel.

O outro lado

Em resposta, Eduardo Paes também usou as redes sociais para negar estar produzindo fake news. Ele declarou que “ser candidato não é igual estar numa sala de juiz e assinar coisas”. O ex-prefeito do Rio também criticou a ameaça e disse que seu adversário precisa ter “respeito às leis e regras, ao eleitor e à imprensa”.

Paes publicou vídeo no Facebook comentando que o ex-juiz foi atacado por diversas vezes em debates no primeiro turno, mas não deu voz de prisão a nenhum dos  candidatos. Além disso, ele apontou que, no debate eleitoral, não há espaço para “carteirada”.

“Nós estamos aqui para o debate eleitoral, nós vamos discutir proposta para nosso estado e falar, sim, das características de cada candidato. Aqui não vai funcionar carteirada, não!”, completou Paes.