Por Marcos Vinicius Cabral
Responsável em garantir um espetáculo à altura que o futebol pode proporcionar, certas camisas são mais notadas que outras nos gramados.
Quando entram em campo, todos os olhos estão voltados para elas.
Quando se é criança, a camisa sonhada em vestir é ela.
Sim, estamos falando da camisa 10.
Não bastasse vestí-la em alguns clubes, chegar à seleção é a realização de todo jogador profissional que carrega nas costas – além do peso do número – uma grande responsabilidade.
Portanto, elaborei uma lista de notáveis camisas 10 que vestiram a amarelinha em Copas do Mundo.
Vale ressaltar que foi a partir de 1950, que foi implantada a numeração nas camisas dos jogadores.
COPA DE 1950 – Apesar de ter perdido a final para o Uruguai por 2 a 1, em pleno Maracanã, Danilo, meia do Vasco, foi nosso camisa 10 na Copa do Mundo em solo nacional.
A campanha, apesar de boa, ficou marcada pelo vice-campeonato, onde o goleiro Barbosa foi por anos crucificado e alçado ao posto de vilão por muito tempo.
COPA DE 1954 – Na Suécia, o meia vascaíno Pinga foi o primeiro jogador a usar a 10 com numeração fixa imposta pela FIFA.
Mesmo indo mal com a 10 às costas – como toda equipe brasileira – foi a estreia da camisa amarela em Copas do Mundo.
COPA DE 1958 – O menino Pelé herdou sem querer o místico número 10 no primeiro título do Brasil, após uma confusão da CBD (Confederação Brasileira Desportos), ao enviar a numeração à FIFA.
COPA DE 1962 – Nos gramados chilenos, o bi veio com o “Rei do Futebol” vestindo novamente a 10 e com um endiabrado Garrincha imortalizando a camisa 7.
COPA DE 1966 – Já no primeiro e único título da Inglaterra, o amargo 11° lugar passou despercebido não fosse a camisa 10 ser vestida pela terceira vez pelo jogador santista.
COPA DE 1970 – Nos gramados mexicanos, dos tantos camisas 10 que o Brasil se dava ao luxo de ter no plantel – Gérson no São Paulo, Tostão no Cruzeiro, Pelé no Santos e Rivelino no Fluminense – coube a Zagallo a difícil escolha.
Sorte do número 10, que vestiu Pelé e o consagrou no tricampeonato.
COPAS DE 1974/1978 –Nos mundiais seguintes, Rivelino foi o escolhido para tentar manter a magia da camisa 10 e conquistar o tetracampeonato.
A magia foi mantida, porém, atropelada pela “Laranja Mecânica” de Cruijff, a seleção brasileira ficou em quarto lugar nos campos alemãs em 1974 e em terceiro quatro anos depois, em 1978 no país do tango.
COPA DE 1982/1986 – Mundialmente conhecida como a “Tragédia do Sarriá, a Copa da Espanha marcou uma safra de grandes jogadores e não deu a Zico, camisa 10, o tão sonhado título, já que havia uma pedra italiana no caminho.
Entretanto, o tropeço foi inevitável e a derrota por 3 a 2, transformou o futebol arte em futebol de resultados.
Se o Brasil não teve sorte em solo espanhol, faltou material humano à altura para vencer os franceses nas quartas de final da Copa do México em 1986.
Com Zico não estando 100% de sua forma física, o nosso camisa 10 lesionado e entrando no decorrer das partidas, desperdiçou sua última chance de sagrar-se campeão do mundo no pênalti defendido por Batts.
COPA DE 1990 – Na “Era Dunga”, o camisa 10 escolhido pelo técnico Sebastião Lazaroni foi o ex-são paulino Silas, que substituiu Alemão e viu um imponente baixinho chamado Diego Maradona causar estragos no time brasileiro na Copa da Itália, na vitória por 1 a 0.
COPA DE 1994 – Nos EUA, Raí usou a camisa 10 nos dois primeiros jogos como titular e depois perdeu a posição para Mazinho, amargando o restante da competição na reserva, em que o Brasil chorava pela morte de Ayrton Senna e sorria pela conquista do quarto título mundial.
COPAS DE 1998/2002 – Na França e na Coreia do Sul e Japão, o futebol de Rivaldo foi fundamental para continuar o legado de outros fabulosos camisas 10 em mundiais.
Porém, derrotado em 1998 para Zidane, o camisa 10 francês, deu a volta por cima contra Oliver Kahn, o paredão alemão em 2002 e comemorou o pentacampeonato.
COPA DE 2006 – Eleito duas vezes o melhor jogador do mundo, Ronaldinho Gaúcho decepcionou todos os amantes do futebol, que com atuações pífias, nem lembrou o grande jogador do Barcelona.
COPA DE 2010 – Melhor jogador do mundo em 2007, o camisa 10 Kaká fez boas atuações e por causa das dores em seu quadril, teve seu talento limitado nos jogos.
COPA DE 2014/2018 – Em território nacional, Neymar era o camisa 10 e não fosse a forte entrada do colombiano Zuniga, estaria presente no Mineirão, na vergonhosa derrota por 7 a 1 para os alemães.
Atualmente, é o 10 do Brasil e ajudou a equipe a passar para às quartas de final – vencendo por 2 a 0 o México – onde vai enfrentar a Bélgica de Hazard e Lukaku.
Pode entrar para a história do futebol como mais um camisa 10 que (não) vai ganhar a tão almejada Taça FIFA.
Rio. A escola de samba Alegria de Copacabana, voltando ao cenário carnavalesco, já tem uma nova voz oficial para o…
Tragédia no Sul. O médico capixaba Leandro Medice, encontrado morto na manhã de segunda-feira (13) em um abrigo no Rio…
Rio. A ordem dos desfiles para o Carnaval 2025 do Grupo Especial será conhecida no próximo dia 23, na Cidade do…
Rio. A Estação Primeira de Mangueira terá como enredo no próximo ano; À flor da Terra - No Rio da negritude…
Parar? Nem pensar! Susana Vieira, aos 81 anos, lançou sua biografia e garante que segue com contrato vitalício com a…
Bastidores. Dhomini, campeão da terceira edição do BBB 3, fez um desabafo nesta terça-feira (14) em seu perfil no Instagram…