Após vender pulseiras e doces para estudar, jovem garante vaga em programas concorridos fora do Brasil

Gabriel Guerra. Foto: Arquivo Pessoal

Gabriel Guerra. Foto: Arquivo Pessoal

Morador do Guarujá, no litoral de São Paulo, Gabriel Bio Guerra, de 17 anos, embarca em junho rumo a uma viagem de estudos por quatro semanas nos Estados Unidos. Ele foi aprovado no LaunchX, que será realizado na Universidade Northwestern, e no Yale Young Global Schoolars Program, promovido pela Universidade de Yale. O primeiro curso aborda tecnologia, empreendedorismo e inovação. Já o segundo é voltado a temas variados, como artes, ciência, relações internacionais e literatura.

Apaixonado pelo universo da ciência e dos negócios, o jovem estudante traz no currículo uma rotina de muito esforço e dedicação. Durante a semana, acorda às 4h30. O tempo gasto até o Instituto Federal de Cubatão, onde estuda, é de aproximadamente 1h30. O trajeto tem início com bicicleta. Depois um barco o leva até Santos e em seguida segue de ônibus até Cubatão. De lá ele volta para Santos, onde trabalha, e só retorna para casa à noite.

Estudante que vendia pulseiras e doces para investir nos estudos é aprovado em programas nos EUA. Foto: Arquivo Pessoal
Estudante que vendia pulseiras e doces para investir nos estudos é aprovado em programas nos EUA. Foto: Arquivo Pessoal

Para arrecadar dinheiro para manter os estudos, Gabriel chegou a vender pulseiras e pães de mel que comprava de uma vizinha. O valor arrecadado o ajudou a custear sua ida a Portugal no ano passado, para fazer um curso de engenharia de computação na Universidade de Coimbra.

Mesmo com uma bolsa conquistada agora, e que lhe garante 54% de desconto, Gabriel Bio Guerra precisará de ajuda para realizar o sonho, já que o curso custará $ 3.400 dólares – aproximadamente R$ 13 mil.

“Estou em busca de patrocinadores para a realização do curso. Está na cara que o foco deles não é chamar pessoas que possuem o poder aquisitivo igual ao meu, mas continuarei lutando para provar que não é apenas na comunidade rica que há mentes brilhantes”, disse o estudante ao G1.

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