Celebrado em 29 de setembro, o Dia Mundial do Coração tem como objetivo estimular as pessoas a cuidar da saúde e a controlar os fatores de risco que podem contribuir para as doenças cardiovasculares (DCVs).
As DCVs, geralmente, são o resultado do acúmulo de vários fatores, como idade, estilo de vida, dieta e tabagismo. Mas, quando aparecem em crianças, é preciso investigar se o problema está presente desde o nascimento. “Neste caso, chamamos as doenças de cardiopatias congênitas. O motivo é que o importante órgão portador de sangue, o coração, não se desenvolveu de maneira normal quando o bebê ainda estava dentro do útero da mãe”, esclarece a cardiologista pediatra Priscila Maruoka, da Doctoralia.
De acordo com a Federação Mundial do Coração, doenças cardíacas são a principal causa de morte no mundo, atingindo cerca de 17 milhões de pessoas todos os anos. “Em crianças, o diagnóstico precoce de cardiopatias congênitas é ainda mais crucial. Um defeito cardíaco não diagnosticado pode progredir e se tornar inoperável após alguns meses ou anos, dependendo do problema. Além disso, a prevenção de DCVs, como o infarto e o derrame, se inicia desde a infância, com introdução de hábitos de vida saudáveis”, explica a cardiologista.
Abaixo, a especialista esclarece os 5 principais mitos sobre doenças cardiovasculares em crianças:
Embora o risco de alguns problemas cardíacos aumente com a idade, as doenças do coração podem afetar qualquer pessoa, de qualquer faixa etária. Alguns casos são congênitos e podem ser diagnosticados logo após o nascimento ou anos depois, quando causam sintomas.
Também conhecido como sopro cardíaco, esse ruído produzido pelo fluxo de passagem do sangue nas estruturas do coração pode ser dividido em duas categorias: funcional (não apresenta sintomas e é comum em até 50% das crianças saudáveis) ou patológico (associado a defeitos no coração). Grande parte não fecha e a espera pode causar danos irreversíveis aos vasos pulmonares, portanto, é imprescindível consultar um cardiologista pediátrico para analisar em qual categoria o sopro se encaixa e orientar para o tratamento correto.
A maioria das crianças com orifícios significativos no coração nunca ganhará peso suficiente até que sejam operadas. Uma criança com um grande buraco no coração, que pesa 4 kg aos cinco meses, provavelmente nunca ganhará 10 kg. Isso se deve ao fato de o coração gastar mais energia tentando mandar sangue suficiente para o corpo todo do que a quantidade de calorias ingerida pela criança. O cirurgião cardíaco pediátrico pode operar um bebê de 2kg, se necessário.
Os tipos mais comuns de defeitos cardíacos, se corrigidos a tempo, não afetam a vida após a cirurgia. Embora seja essencial fazer exames periódicos, a vida segue normal, como a de qualquer outra criança.
Comprovadamente, a doença se inicia na infância. Normalmente, a doença não é descoberta até a adolescência (12-17 anos de idade), mas acaba colocando as crianças em risco de parada cardíaca súbita, colesterol alto e derrames. Na maioria das crianças, as alterações nas artérias são leves e podem ser reduzidas com um estilo de vida saudável.
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