Ana Carolina Garcia. Foto: SRzd

Ana Carolina Garcia

Jornalista formada pela Universidade Estácio de Sá, onde também concluiu sua pós-graduação em Jornalismo Cultural. Em 2011, lançou seu primeiro livro, "A Fantástica Fábrica de Filmes - Como Hollywood se Tornou a Capital Mundial do Cinema", da Editora Senac Rio.

‘The Batman’: Homem-Morcego defende Gotham e o cinema

Zoë Kravitz e Robert Pattinson em cena de “The Batman” (Foto: Divulgação / Crédito: Warner Bros.).

Primeiro blockbuster da Warner Bros. com estreia exclusiva nos cinemas desde a polêmica decisão do estúdio em lançar seus filmes simultaneamente na HBO Max, “The Batman” (The Batman – 2022, EUA) se tornou a segunda maior abertura do mercado americano, desde o início da pandemia, ao conquistar US$ 134 milhões, totalizando US$ 248,5 milhões em bilheterias mundiais, de acordo com o Box Office Mojo. Dirigido por Matt Reeves, o longa ficou atrás somente de “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa” (Spider-Man: No Way Home – 2021, EUA), da concorrente Marvel, que arrecadou US$ 587 milhões ao redor do globo, sendo US$ 253 milhões nos Estados Unidos, somente em seu final de semana de estreia – o filme do Cabeça de Teia soma, até o momento, US$ 1,866 bilhão.

 

Integrando um dos filões mais lucrativos do cinema contemporâneo, o de super-herói, “The Batman” teve um desempenho que concede certo alívio ao setor, principalmente no momento de consolidação das plataformas de streaming, que, nos meses iniciais da pandemia, quando centros de produção e cinemas de todo o mundo tiveram suas atividades interrompidas pela Covid-19, assumiram a posição de única opção de entretenimento seguro em meio ao caos. À época, a ascensão destes serviços impulsionou a discussão acerca da manutenção do modelo tradicional de cinema, calcado na experiência proporcionada pela sala de exibição até mesmo enquanto locais de socialização.

 

A reabertura das salas aconteceu gradualmente a partir do segundo semestre de 2020, baseada no cenário de cada cidade e país, mas, mesmo assim, parcela significativa do público não se sentiu segura para voltar aos cinemas, locais fechados e propícios para a disseminação do vírus. Mas à medida que o calendário vacinal avançava, os espectadores começaram a retomar a rotina de outrora, o que se refletiu nas bilheterias sobretudo no segundo semestre de 2021 –algumas pessoas ainda optam por não frequentar a sala de cinema para preservar sua saúde e a de seus familiares, especialmente aqueles com comorbidades, e esta parcela do público poderá aumentar em virtude da liberação do uso de máscaras em cidades como o Rio de Janeiro.

 

Assim como o desempenho de “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa”, primeiro filme a ultrapassar a barreira de US$ 1 bilhão no cenário pandêmico, o de “The Batman” também merece ser celebrado pela indústria hollywoodiana e pelos exibidores, não apenas pelo público e/ou fãs do personagem da DC. Tal celebração não se deve às cifras propriamente ditas, mas à prova de que, apesar das dificuldades, o cinema sobreviveu à Covid-19, algo impensável por muitos há dois anos.

 

Com seu lançamento suspenso no mercado russo devido à Guerra da Ucrânia, “The Batman” tem estreia prevista para 17 de abril na HBO Max.

 

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