‘Lá vou eu’: Teresa Cristina é a primeira mulher a gravar samba Globeleza

Teresa Cristina. Foto: Reprodução/Globo

Teresa Cristina. Foto: Reprodução/Globo

A cantora Teresa Cristina foi escolhida para interpretar a vinheta da Rede Globo para Carnaval de 2022. É ela quem irá cantar a música que embala a cobertura e a transmissão dos desfiles de Carnaval do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Pela primeira vez, a canção, composta por Jorge Aragão e José Franco Lattari em 1993, que ficou conhecida nacionalmente na voz de Neguinho da Beija-Flor, será interpretada por uma mulher.

Segundo a emissora, a vinheta deste ano trará imagens emblemáticas de desfiles anteriores e está centrada na interpretação de Teresa para o samba, que marca o reencontro do público com os desfiles de Carnaval após dois anos sem desfiles nas datas tradicionais em razão da pandemia.

“O Carnaval sempre anunciou a minha felicidade e ser a primeira mulher a gravar essa música é muito importante, não só para mim, mas para todas as mulheres do samba. O samba nasceu das mãos de uma mulher e foi tirado da nossa mão. Acho muito importante que a mulher volte a atuar no samba, em todos os setores, em todos os lugares. A reparação histórica empurra a gente para frente. É muito bom fazer parte disso. A mulher é protagonista porque o samba no Rio de Janeiro chegou pelas mãos de uma mulher. Esse protagonismo era dela. É pegar de voltar o que já foi nosso”, disse Teresa Cristina à revista “Quem”.

A cantora não esconde o entusiasmo pelo convite da ação que, segundo ela, representa uma reparação histórica.

“Quando recebi o convite, sonhei com isso por três dias seguidos. Entrava no meu sonho, era muito doido. Sonhei que eu estava em Londres, no Big Ben, e, de repente, estava cantando o samba do Carnaval da Globo. Estava andando na praia em Saquarema e de repente estava cantando o samba do Carnaval da Globo. Sabe? Estou no Jardim Zoológico e vem o samba da Globo”, relembrou Teresa

“O samba chegou no Rio de Janeiro pelas mãos de uma mulher, mas isso foi apagado com o tempo. Então, temos aí um gênero musical que é a cara do país, e que uma mulher deu o pontapé, apesar de sabermos muito pouco sobre ela. Agora tenho que ajudar que mais mulheres sejam lembradas, e que isso continue”, completou a artista em depoimento ao jornal “O Globo”.

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