César Tralli faz relato emocionante após morte da mãe

Cesar Tralli, Edna Tralli. Foto: Reprodução/Instagram/Ticiane Pinheiro

Cesar Tralli, Edna Tralli. Foto: Reprodução/Instagram/Ticiane Pinheiro

O jornalista e apresentador César Tralli, da Rede Globo, usou seu Instagram para agradecer mensagens que recebeu após a morte de sua mãe, Edna, aos 74 anos, em um acidente aéreo no último domingo (9).

Em texto emocionante publicado nesta quarta-feira (12), Tralli lembrou a trajetória de Edna, que nasceu pobre, cortou cana quando menina, e colheu algodão e amendoim, vendendo o fruto de seu trabalho em porta de estádios.

Edna morreu ao lado do namorado, Euclides Brosch, de 78 anos, que foi piloto profissional na aviação civil por quase quatro décadas, em desastre na Represa Jurumim, em Paranapanema, no estado de São Paulo.


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“Gratidão. Muito obrigado pelas milhares de mensagens que me confortam tanto. E que chegam de todos os cantos. Minha mãe foi uma lição de vida desde o princípio da vida dela. Uma mulher que nasceu na roça, com mais 8 irmãos (3 homens e 6 mulheres ao todo). Uma mulher que -na infância e juventude- cortou cana de açúcar nos canaviais do entorno de Jaboticabal, interior paulista.

Uma mulher que colheu algodão, que colheu amendoim e que vendeu o produto da sua colheita, do seu suor, de porta em porta e em estádio de futebol. Uma mulher que enfrentou enormes dificuldades, sem jamais perder a doçura, o entusiasmo e a alegria de viver. Uma mulher que não tinha medo de pedir ajuda. E que sempre carregava cestas básicas no porta malas do carro pra ajudar alguém no meio da rua.

Sempre que eu me sentia triste ou abatido por algum motivo, eu pensava em minha mãe. Olha o que ela passou. Levanta a cabeça e vai à luta. À essa estrondosa resiliência, se somaram outros importantes aprendizados dela. Ética. Generosidade. Amor ao próximo. Otimismo. Compaixão. Fé inabalável.

Minha mãe Edna se despede de nós abruptamente aos 74 anos. Estava jovem. Feliz. Apaixonada. Voando – literalmente – com seu namorado Euclides, que foi piloto profissional na aviação civil por 36 anos. Outra perda irreparável também. Eu gostava demais dele.

Queria tanto mamãe sonhando ainda mais alto ao lado do amor dela, mais perto também da minha caçula de 3 anos. Da irmã, de 13 anos. Mas hoje sinto que mamãe está perto da filha dela, Gabi. Minha irmã especial, amor infinito. Enfim. Se eu puder continuar honrando o legado da minha mãe, isso já me trará muito conforto. É o que eu verdadeiramente busco.

Aproveite muito mãe seu reencontro com a Gabi. Faça o que ela tanto amava: dançar. Dancem felizes aí com os anjos. Que eu seguirei daqui aplaudindo vocês”, escreveu.

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