Jô Soares morreu aos 84 anos, na madrugada desta sexta-feira (5), em São Paulo. Considerado um dos maiores humoristas e artistas mais completos do Brasil, estreou na TV na década de 1950, criou mais de 260 personagens e consolidou-se como o maior nome dos talk-shows.
O jornalista Matinas Suzuki, em conversa com Renata Lo Prete, é co-autor do livro de memórias de Jô e relembrou neste sábado que um dos principais traços da sua personalidade era “ser humorista em tempo integral’.
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“Ele pediu para colocar como epígrafe, no primeiro volume do nosso livro, uma frase do ator inglês Edmund Gwenn. Quando estava no leito de morte, disse a seguinte frase: Morrer é fácil. Duro é fazer comédia. Agora, uma das últimas frases que ele falou foi repetir essa frase. E e essa frase é muito reveladora do que é o Jô: viver não é tão importante. O importante é comédia”, comentou Matinas.
Diretor de operações da Companhia das Letras, o jornalista lembra as traduções, atuações, direções e criações no teatro, na televisão, no cinema e na literatura. “O Jô tinha uma vida maior que a vida. A ausência do Jô da cena pública hoje é reveladora de um país que perdeu graça, charme e humanidade”, conclui.
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