Sindicato tenta anular demissões do Grupo Abril

Prédio da Editora Abril em São Paulo. Foto: Reprodução de Internet

Prédio da Editora Abril em São Paulo. Foto: Reprodução de Internet

Após tomar conhecimento das demissões promovidas pelo Grupo Abril na semana passada, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) ingressou com solicitação junto ao Ministério Público do Trabalho. A intenção da entidade é reverter os cortes e evitar mais demissões. Ao menos 200 funcionários foram dispensados pela empresa de mídia.

A ação liderada pela instituição sindical trata-se, conforme explica o texto assinado por Flaviana Serafim, de “antecipação de tutela da ação civil pública”. A direção do SJSP busca fazer com que autoridades competentes impeçam as demissões em massa.

“O SJSP integra o processo como assistente litisconsorcial, meio jurídico de fazer parte da ação com o intuito de defender os direitos dos demitidos”, explica a entidade. O caso está sob cuidados da 61ª Vara do Trabalho de São Paulo, segundo reportagem do portal “Comunique-se”.

O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo pontua que esse movimento pode fazer com que as dispensas realizadas  sejam “anuladas a qualquer momento”. De acordo com a instituição há, ainda, a possibilidade de o Grupo Abril se ver obrigado a fazer as recontratações após o caso ser julgado. O julgamento está agendado para o dia 28 de agosto. O Ministério Público do Trabalho já sinalizou apoiar a causa do SJSP.

As reivindicações por parte do Ministério Público do Trabalho contra o Grupo Abril vêm desde o fim de 2017. Em dezembro, a repórter Tácila Rubbo constatou que a empresa da família Civita tinha demitido mais de 100 funcionários.

Além da reintegração da turma desligada na ocasião, o MPT quer, conforme avisa o sindicato dos jornalistas, que a Abril pague multa de R$ 1,3 milhão, valor referente a reparação por danos coletivos. Até o momento, o Grupo Abril não comentou as ações do SJSP e do MPT.

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