A arte está no sangue. O ritmo e o gingado vêm da mistura equilibrada entre os movimentos da dança e os dribles da bola. Rodrigo Oliveira é a própria imagem e representação do Brasil e suas raízes culturais: filho de jogador de futebol e de uma exímia bailarina, o cantor, de 39 anos, trilhou um caminho que não poderia deixar de ser marcado por experiências artísticas das mais variadas.
Entre os palcos e os campos de futebol, Rodrigo desenvolveu habilidades que ofereceram a base necessária para que se tornasse um artista completo, dedicado e conectado às suas raízes.
Nascido em Salvador, Bahia, o cantor construiu sua trajetória entre o Brasil e a França, país que se tornou a sua segunda casa desde 1992, quando se mudou pela primeira vez para Paris e investiu na dança, integrando o grupo Rio Samba Show, criado pela mãe.
Mas o amor pelo futebol o levou de volta ao Brasil, em 1994, quando decidiu retornar e se profissionalizar como jogador. O sonho durou pouco e uma contusão grave tirou Rodrigo de vez dos gramados.
Entre idas e vindas, Rodrigo foi descobrindo sua verdadeira vocação: a música. O jovem artista passou a se dedicar ao estudo da percussão e mergulhou de cabeça na carreira musical. Do instrumento para a voz foi um pulo. Em pouco tempo ele passou de percursionista a cantor da banda e a paixão pela performance musical tomou conta de sua vida.
De volta à Paris em 2002, o cantor, já com uma base sólida como compositor e intérprete, participou de diversos festivais internacionais, como o Samba-Festival Cobourg, na Alemanha, o Samba Fest, na Suíça, o Lavagem de Madeleine, na França, e Pop in Djerba, na Tunísia.
Com influências musicais originárias dos mais variados estilos – de Gilberto Gil à James Brown, passando por Michael Jackson, Ismael Lo e Magic System – ele é autor de um dos maiores hits do ritmo Zumba, a composição ‘Samba África’. Rodrigo já se apresentou em mais de 10 países, como França, Alemanha, Israel, Suíça, Marrocos e Portugal.
Assim como a própria cultura brasileira, a marca musical do cantor reflete uma combinação de ritmos africanos, samba e pop, que deram origem à uma nova tendência musical: o samba decalé, conceito livremente inspirado pelo coupé-decalé, criado em Paris por DJs da Costa do Marfim e do Congo, lugares em que Rodrigo teve a oportunidade de tocar e perceber a proximidade entre a musicalidade africana, europeia e brasileira.
Essa expressão musical aparece em seu mais novo projeto, “De Alma e Dendê”, que traz canções como “Babá Samba Decalé”, “Água e Sal” e “Sonhado o meu sonho”, combinando ritmos tribais com melodias modernas.
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