Quem é Sacha Bali?

Ele tem carisma, personalidade e talento. Depois de fazer sucesso no teatro interpretatndo o escritor Charles Bukowski na peça Pão com Mortadela, o ator Sacha Bali está conhecendo a popularidade com o personagem Metamorfo, um dos mutantes da novela Caminhos do Coração. Junto com o diretor João Fonseca Sacha Bali adaptou Mixto-Quente, um dos livros de Bukowski, para o palco. A peça foi um dos grandes sucessos da temporada teatral de 2007. Recebeu boas críticas e indicações aos prêmios de teatro. A presença do jovem ator chamou a atenção da platéia. Sua atuação, seu domínio da cena, sua presença no palco, deixaram claro que ali estava surgindo um novo talento da cena brasileira.

Essa mesma impressão está tendo o grande público quando o vê interpretando o mutante Metamorfo na novela Caminhos do Coração. Desde sua entrada em cena, na metade da novela, que o seu papel caiu no gosto popular. Tanto que ele foi indicado ao prêmio Contigo como um dos destaques da TV no ano de 2007.

O sucesso na TV impulsionou um retorno da peça aos palcos cariocas. Em breve Pão com Mortadela estará de volta à cena carioca. Esse drama conta a história de um sujeito que nasce e se depara com um mundo hostil. É a trajetória do próprio Bukowski, vista com um olhar ameno por Fonseca, apesar das cenas de sexo e drogas que integram a biografia underground do escritor. No elenco Aline Fanju, Gustavo Nunes, Jorge Lucas, Rosanna Viegas e Sacha Bali como o jovem Bukowski.

A peça nos mostra o nascimento de uma alma inquieta e contestadora e finaliza com o surgimento do mito. Mesmo quem não tem Bukowski como livro de cabeceira, não consegue deixar de se identificar com as angústias e desventuras de Henry Chinaski (alter-ego constante do autor). Um jovem como tantos outros, cheio de energia, dúvidas, inseguranças, espinhas no rosto, problemas na escola e na família, hormônios a sair pelos poros, que descobre que o mundo não é exatamente um conto de fadas.

No espetáculo o olhar apaixonado do diretor João Fonseca pela obra do ‘velho safadoâ? (como ficou carinhosamente conhecido) fica evidente em cada marca, revelando um olhar quase complacente, seguindo um caminho mais lúdico do que dramático ‘ tudo apoiado por uma trilha sonora envolvente e marcante, cujo tema principal é a música do Green Day ‘Boulevard of Broken Dreamsâ? .

Assim, o diretor torna mais palatável aquilo que, de forma realista, seria nauseante e indigestivo. Passagens bizarras e cruéis ganham toques de humor, plasticidade e leveza, e o relato amargo torna-se agridoce, como no caso das surras com que o pai freqüentemente presenteia o protagonista, mas não as faz menos comoventes. Sacha Bali está muito longe do aspecto repulsivo do autor e de seu personagem, mas defende o papel com vitalidade contagiante.

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