Polícia conclui investigação sobre a morte da cantora Marília Mendonça

Marília Mendonça e avião após queda. Foto: Reprodução/Instagram e Polícia Civil de MG/Divulgação

Marília Mendonça e avião após queda. Foto: Reprodução/Instagram e Polícia Civil de MG/Divulgação

A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito que apurou as causas e circunstâncias do acidente de avião que causou a morte da cantora Marília Mendonça e de outras quatro pessoas, no dia 5 de novembro de 2021, em Piedade de Caratinga, em Minas Gerais.

Segundo a organização, o acidente poderia ter sido evitado pelo piloto Geraldo Medeiros e pelo copiloto Tarcíso Viana. De acordo com o delegado de Caratinga, Ivan Lopes, foi preciso descartar várias possibilidades, como falha mecânica ou até mesmo um possível atentado.

Laudos do Instituto Médico-Legal (IML) apontaram que os tripulantes do bimotor morreram assim que a aeronave colidiu com o solo. As vítimas sofreram politraumatismo, ferimentos típicos de quedas de grandes alturas, quando há fratura de vários ossos, comprometendo o funcionamento dos órgãos internos.

As informações foram disponibilizadas pela instituição em coletiva nesta quarta-feira (4). Para a PCMG houve homicídio culposo triplamente qualificado por parte do piloto e copiloto, com a extinção da punibilidade já que eles faleceram, por isso foi sugerido o arquivamento do caso.

Cenipa

A conclusão do inquérito da Polícia Civil ocorre após a conclusão do relatório final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáutico (Cenipa), em maio deste ano.

No relatório, o Cenipa considerou que o procedimento de pouso do piloto contribuiu para o acidente. Isso se deve ao fato de o piloto ter feito uma rota alternativa à usual para pousos no aeroporto de Caratinga, destino do plano de voo.

Avião que caiu com Marília Mendonça e mais quatro pessoas. Foto: Twitter/Fab
Avião que caiu com Marília Mendonça e mais quatro pessoas. Foto: Twitter/Fab

O resultado das investigações foi divulgado para o público no dia 15 de maio. Além da distância, o documento aponta que a separação entre o solo e a aeronave era “muito reduzida”, o que pode ter influenciado a colisão com uma torre de energia da Cemig. Para o órgão da Força Aérea Brasileira, a decisão do piloto contribuiu para o acidente.

Além da artista, foram vítimas fatais do acidente o produtor Henrique Ribeiro, o assessor Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto Geraldo Martins de Medeiros e o copiloto Tarciso Pessoa Viana.

O grupo seguia para Caratinga, onde a cantora faria um show. No entanto, a aeronave caiu a apenas quatro quilômetros de distância da pista de pouso do aeroporto da cidade.

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