Parkinson e depressão: Renata Capucci revela luta contra doença

Renata Capucci. Foto: Reprodução/Instagram/Renata Capucci

Renata Capucci. Foto: Reprodução/Instagram/Renata Capucci

A jornalista Renata Capucci, da Rede Globo, resolveu quebrar o silêncio e contar ter sofrido depressão após receber o diagnóstico de Parkinson, doença autodegenerativa com a qual ela convive desde 2018. A revelação foi feita em um podcast do Fantástico.

“Já passei por todas as fases, da depressão, da negação. Hoje, eu estou na fase cinco que eu olho essa doença de frente e eu falo assim: ‘Senhor Parkinson, eu tenho você, você não me tem’. Eu faço tudo o que eu posso de exercício, de remédio e eu tenho uma vida positiva”, disse a profissional de 49 anos.

Em seu depoimento, Capucci contou que detectou os primeiros sinais da doença quando teve problemas em uma das pernas, sem perceber: “As pessoas falavam para mim: ‘Por que você está mancando, Renata?’. E eu falava: ‘Eu não estou mancando’. Eu não percebia que eu estava mancando”.

Um episódio ocorrido em meio as gravações do programa “Popstar” foi relatado: “Em um dado momento, no meio do ‘Popstar’, depois do sexto programa, eu estava em casa e o meu braço subiu sozinho, enrijecido”, lembrou ela, destacando que tentou de tudo para resolver o problema: fisioterapia e até osteopatia. Tudo, sem sucesso.

Renata afirmou que assumir que tinha Parkinson publicamente a ajudou a sentir mais livre para lutar contra a doença e tentar levar uma vida normal, como sempre fez.

“Chegou a minha hora, chegou a minha vez de me libertar. Porque viver com esse segredo é ruim. Você se sente vivendo uma vida fake, porque parte de você é de um jeito e você fica escondendo a outra parte de outras pessoas, no meu caso a maioria das pessoas, porque eu sou uma pessoa pública”, relatou.

Ser uma pessoa pública, ter orgulho de sua trajetória e a forma de encarar a doença motivaram Renata Capucci a expor a questão para o público.

“Só que eu estou aqui para dizer isso para vocês, para quem está ouvindo o podcast, porque eu estou viva. Quatro anos depois, eu estou bem, eu sou feliz. Eu não quero virar mártir. Eu não quero que tenham pena de mim. Ao contrário, eu tenho orgulho da minha trajetória. Eu tenho orgulho da maneira como eu encaro essa doença,
porque eu encaro ela de frente hoje”, finalizou.

Parkinson

Segundo o Ministério da Saúde, Parkinson é uma doença neurológica que afeta os movimentos da pessoa. Causa tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita.

Ocorre por causa da degeneração das células situadas numa região do cérebro chamada substância negra. Essas células produzem a substância dopamina, que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores) ao corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos provocando os sintomas acima descritos.

O diagnóstico é feito com base na história clínica do paciente e no exame neurológico. Não há nenhum teste específico para o seu diagnóstico ou para a sua prevenção.

A história de quem é acometido pela doença de Parkinson consiste num aumento gradual dos tremores, maior lentidão de movimentos, caminhar arrastando os pés, postura inclinada para frente.

O tremor afeta os dedos ou as mãos, mas pode também afetar o queixo, a cabeça ou os pés. Pode ocorrer num lado do corpo ou nos dois, e pode ser mais intenso num lado que no outro. O tremor ocorre quando nenhum movimento está sendo executado, e por isso é chamado de tremor de repouso.

Por razões que ainda são desconhecidas, o tremor pode variar durante o dia. Torna-se mais intenso quando a pessoa fica nervosa, mas pode desaparecer quando está completamente descontraída. O tremor é mais notado quando a pessoa segura com as mãos um objeto leve como um jornal. Os tremores desaparecem durante o sono.

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