Djavan se sentiu injustiçado ao ser tachado de bolsonarista e declara voto em Lula

Djavan. Foto: Reprodução/TV Globo

Djavan. Foto: Reprodução/TV Globo

O cantor e compositor Djavan, de 73 anos, revelou que se sentiu “injustiçado” pelas críticas que recebeu após as eleições presidenciais de 2018. Na ocasião, o artista afirmou “que tinha esperança no futuro do Brasil” e que ainda era cedo para avaliar o governo de Jair Bolsonaro (PL).

A fala foi o suficiente para que o público o atacasse. No entanto, em entrevista concedida ao jornal O Globo e publicada nesta terça-feira (9), ele enfatiza o fato de que nem sequer votou no atual presidente nas eleições passadas.

“Não achei correto sair dando cacetada num governo que nem tinha assumido. Quando falei que confiava no futuro do Brasil era porque temos um povo que é quem determina as coisas. Disse que confiava no futuro do Brasil e não no governo do Brasil. Distorceram”, explicou.

Porém, mesmo diante das críticas, Djavan optou por ficar em silêncio. “Comecei a ler coisas horríveis a meu respeito como se toda a minha história e meus posicionamentos não falassem sobre mim. Mas pensei que desmentir na internet era potencializar, dar vazão à mentira. Fiquei na minha, levando cacetada”, completou.


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Em junho de 2021 o artista utilizou seu perfil nas redes sociais para, enfim, se pronunciar sobre o assunto e afirmou que além de não apoiar o governo, não votou em Bolsonaro.

“É impossível haver qualquer compatibilidade entre mim e um governo errático, que tem atuado na contramão da ciência e que, sempre que pode, demonstra seu desprezo pela democracia. Não tem cabimento. Eu NÃO votei no Bolsonaro e NÃO apoio o seu governo”, escreveu ele na ocasião.

Ainda durante a entrevista, Djavan conta que a injustiça de ser acusado como apoiador do atual chefe de Estado foi o que lhe fez se manifestar sobre o caso. “Ficou insuportável, não queria que aquilo se avolumasse ad infinitum. A injustiça dói. Sempre votei no Lula e vou votar no Lula”, declarou.

Por fim, o músico alagoano afirma que espera que o Brasil seja o melhor para o povo, pois é para isso que o governo existe. “É o povo que elege, que precisa dos serviços, o povo pobre, principalmente. Espero que não só o Brasil, mas o mundo readquira valores que foram perdidos, como a capacidade de se envergonhar”, disse ele.

“O povo brasileiro deu uma piorada. Essa eleição tem uma particularidade forte: a gente vai às urnas para votar na democracia. Espero que o país continue numa democracia plena, total e irrestrita”, finalizou.

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