O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro inaugura nesta terça-feira (25) a exposição “Fluxo Bruto”, com trabalhos inéditos do artista José Bechara, que celebra 60 anos e sua trajetória iniciada em 1992. A curadoria é de Beate Reifenscheid, curadora e diretora do Ludwig Museum, Koblenz, Alemanha.
A mostra reúne trabalhos tridimensionais em grande escala, realizados em alumínio, mármore, madeira e vidros planos, além de pinturas sobre lona. O conjunto é formado por trabalhos inéditos, alguns deles desenvolvidos a partir de obras anteriores, que ganharam “novas ativações, contaminados pelas demais peças e pelo espaço arquitetônico”, comenta o artista.
José Bechara diz que “Fluxo Bruto” propõe uma “mirada para trabalhos em permanente alteração. Em estado bruto, esses trabalhos movimentam-se no curso da produção, e devem se concluir na obra a seguir”.
“Com exceção das pinturas, todos os demais trabalhos serão ‘construídos’ no espaço expositivo durante os dias de montagem, a partir de escolhas frente às relações espaciais e de vizinhança entre as obras”, explica o artista. Na grande parede branca do Salão Monumental, com trinta metros de comprimento, estarão três diferentes trabalhos com vidros planos, pertencentes ao que o artista chama de “pesquisa recente”.
Para Beate Reifenscheid, “José Bechara é um dos artistas mais interessantes da cena de arte contemporânea brasileira. Iniciou a carreira como pintor, com uma forma de linguagem radicalmente reduzida, compromissada, ainda hoje, com a arte concreta no sentido mais amplo da palavra. São a sua noção e o seu entendimento profundos das estruturas construtivas que formam o esqueleto interno de suas pinturas, que modulam cores num tipo de espaço flutuante, ilimitado”. Ela observa que “fica claro também que o foco do artista está sempre em penetrar o espaço e compreender suas dimensões em percepção. O concreto e o não concreto estão fundamentados diretamente no nível das perspectivas possíveis”. A curadora destaca que “na arte contemporânea, o vidro é um material recém-explorado e artistas famosos, como Pierre Soulages, Gerhard Richter e Ai Weiwei, fizeram experiências com ele. As obras em vidro de José Bechara salientam a percepção conceitual do construtivismo brasileiro e a transferem para uma abordagem contemporânea”.
Na próxima quinta-feira (27), das 15h às 18h, haverá uma conversa gratuita e aberta ao público, com o artista José Bechara e os curadores Beate Reifenscheid, Fernando Cocchiarale e Fernanda Lopes, curadores do MAM Rio. A distribuição de senhas será feita a partir das 14h, na bilheteria do Museu. A palestra será ministrada em língua inglesa, sem tradução. Capacidade 50 pessoas.
Exposição “José Bechara – Fluxo Bruto”
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
[Salão Monumental, segundo andar]
Abertura: 25 de julho de 2017, às 19h
Exposição: de 26 de julho a 5 de novembro de 2017
Curadoria: Beate Reifenscheid (Ludwig Museum, Koblenz, Alemanha)
De terça a sexta, das 12h às 18h.
Sábado, domingo e feriado, das 11h às 18h.
Ingresso: R$ 14
Estudantes maiores de 12 anos: R$ 7
Maiores de 60 anos: R$ 7
Amigos do MAM e crianças até 12 anos: entrada gratuita
Quartas-feiras a partir das 12h: entrada gratuita
Domingos ingresso família, para até 5 pessoas: R$ 14
Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85
Parque do Flamengo – Rio de Janeiro
Telefone: 21. 3883.5600
www.mamrio.org.br
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