Modelo surda é capa da Playboy e lucro será doado à instituição de apoio
Se nas bancas de todo país é a modelo e empresária Juju Salimeni quem reina absoluta na capa da Playboy, no site da publicação é a modelo Ariana Martins quem está na capa de colecionador.
A escolha pela modelo tem também um objetivo nobre. Colaborar com uma causa social.
“A Ariana é uma menina linda, comunicativa, que nos encantou assim que a conhecemos. Conversamos e fizemos uma proposta que ela adorou. Parte dos lucros obtidos com a venda de suas revistas será doado a uma instituição de apoio a surdos e mudos escolhida pela Ariana”, conta Tabata Pitol, diretora de redação da revista.
“Essa iniciativa da Playboy me deixou muito feliz. Eu até me emociono pois serei um exemplo para a comunidade surda e poderei mostrar que isso não nos impede de fazer tudo que queremos e, principalmente, alcançar nossos sonhos”, afirmou a modelo.
Ariana, que atualmente mora em Curitiba, promete vir a São Paulo, para junto do presidente da Playboy, Marcos de Abreu, fazer a doação.
Aos 32 anos, a modelo, que já foi Miss Brasil Surda, começou na carreira de modelo em 2008, quando o olheiro da agência Ford Model em Florianópolis a viu desfilando e perguntou se ela era modelo.
“Falei que estava começando e algumas agências estavam me recusando por eu ser surda. Então o olheiro pediu para que eu fizesse um teste na agência dele e fui aprovada”, revela.
Surda de nascença, Ariana faz questão de esclarecer que não é muda.
“Não sou muda, pois tenho voz, falo normal. Posso não dizer o português fluente, mas falo normal. Aliás, eu sou bastante falante”, diverte-se a modelo.
Certa de que quer seguir a carreira de modelo, Ariana diz que seu trabalho mais marcante foi um editorial que fez para o fotógrafo Drausio Tuzzolo, seu primeiro ensaio nu artístico.
“Outro trabalho marcante foi quando trabalhei para a estilista Karla Vivian em Paris, na França”, detalha.
Por fim, Ariana, que sempre quis ser modelo mas tinha medo que a surdez a impedisse, disse que só se sentiu bonita e forte o suficiente para enfrentar as dificuldades e seguir seus sonhos com o apoio do namorado.
“Quando eu comecei a namorar, ele sempre falava que eu era a mulher mais linda do mundo, e foi aí que eu comecei a me achar bonita, eu tinha 21 anos. Hoje sei valorizar minha beleza: a de fora e também a de dentro”, finaliza.
Comentários