‘Tranca rua’: Ludmilla reage após ser acusada de intolerância religiosa

Ludmilla em show no Coachella. Foto: Reprodução/YouTube

Ludmilla em show no Coachella. Foto: Reprodução/YouTube

Polêmica. A cantora Ludmilla foi acusada de cometer intolerância religiosa ao exibir um vídeo no telão durante o show, no festival Coachella, nos Estados Unidos, realizado neste domingo (21), que continha a frase “Só Jesus expulsa o tranca rua das pessoas”.

Através das redes sociais, a artista reagiu às críticas e se pronunciou nesta segunda-feira (22). Ela destacou que não foi sua intenção ofender as religiões de matriz africana: “Quando eu disse que vocês teriam que se esforçar para falar mal de mim, eu não achei que iriam tão longe”, iniciou ela.

Aos 28 anos e vivendo um momento de muito sucesso na carreira, Ludmilla compartilhou o vídeo na íntegra, disse que a cena foi tirada de contexto e afirmou que sua proposta com as imagens foi mostrar a realidade de uma favela.

“Hoje, tiraram do contexto uma das imagens do vídeo do telão do show em ‘Rainha da Favela’, que traz diversos registros de espaços e realidades nos quais eu cresci e vivi por muitos anos, querendo reescrever o significado deles e me colocando em uma posição que é completamente contrária a minha”, explicou.

“‘Rainha da Favela’ apresenta a minha favela, uma favela real, nua e crua, onde cresci, mas infelizmente se vive muitas mazelas: genocídio preto, violência policial, miséria, intolerância religiosa e tantas outras vivências de uma gente que supera obstáculos, que vive em adversidades, mas que não desiste. Isso passa por conviver em um ambiente muitas vezes hostil, onde a cada esquina você precisa se deparar com as dificuldades da favela”, afirmou.

“Meu show começa com uma mensagem muito explícita, que não deixa dúvida sobre nada! Na sequência, eu apresento a realidade sobre a qual esse discurso precisa prevalecer! Sobre uma favela sem filtros, sem gourmetizações, sem representações caricatas, uma denúncia sobre o real. Estou aqui pelo que é real e não essa versão vitrine importada para gringo achar que esse é um espaço que se reduz a funk, bunda e cerveja!”, completou.

“Termino meu show com o céu tomado de pipas douradas, que representam a esperança que eu quero plantar no coração de todos que lidam com essa realidade! Esse vídeo foi feito por uma fotógrafa/videomaker negra e periférica, para que tivesse um olhar de dentro para fora!”, finalizou.

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