Jornalista Cristiana Lôbo morre de mieloma múltiplo; entenda a doença

Cristiana Lôbo. Foto: Reprodução de TV

Morreu na manhã desta quinta-feira (11) a jornalista Cristiana Lôbo, comentarista de política da Globonews. A causa da morte ocorreu em razão de um mieloma múltiplo, do qual ela tratava havia alguns anos e foi agravado por uma pneumonia contraída nos últimos dias.

Para quem não conhece, o mieloma múltiplo é uma espécie de câncer que ataca os plasmócitos, células presentes no sangue que se originam na medula óssea e pertencem ao sistema imunológico, explica o neurocientista, psicanalista e biólogo Fabiano de Abreu. Ele lembra que nessa doença as células se multiplicam sem controle, causando uma série de transtornos ao indivíduo.

Os plasmócitos correspondem a menos de 1% das células na medula óssea. No entanto, quando ocorre este crescimento desordenado, o especialista salienta: “o excesso de proteínas que vem acompanhado desta multiplicação celular suprime o desenvolvimento de outros elementos importantes para o organismo como os glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas (partículas semelhantes a células que ajudam o corpo a formar coágulos). Tudo isso ainda vai afetar a produção de anticorpos de defesa normais, que fica reduzida”.

Segundo Fabiano, “o mieloma múltiplo causa sintomas como dores nas costas ou dor óssea em outros lugares, fraturas, fraqueza, fadiga, febres e formam hematomas, além de terem seu sistema imune enfraquecido”.

Para identificar a enfermidade, são realizados uma série de exames de sangue, que, explica o neurocientista, podem revelar alguns fatores cruciais: “É verificado se a pessoa está anêmica, ou se possui redução da contagem de glóbulos brancos, que são essas células responsáveis pela defesa do organismo. Também são avaliados se a pessoa teve diminuição no número de plaquetas ou se está passando por um quadro de insuficiência renal”.

Porém, antes mesmo de apresentar os sintomas citados acima, Fabiano revela que é possível descobrir a doença: “Nesses casos, exames vão mostrar que a pessoa possui níveis elevados de proteína no sangue ou na urina, ou uma radiografia pode apresentar áreas de perda óssea. Essa última situação pode se apresentar com lesões líticas isoladas nos ossos”. No caso de descoberta da doença, Abreu diz que o tratamento seja feito com quimioterapia, corticosteróides, imunomoduladores e anticorpos.

A idade média de pessoas com mieloma múltiplo é de aproximadamente 65 anos de idade. A título de curiosidade, a jornalista Cristiana Lôbo faleceu com 63 anos.

Além disso, o médico lembra que a hereditariedade é um fator que pode causar a doença. “Outra razão que a ciência acredita é a exposição à radiação ou a benzeno e outros solventes”, completa.

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