Genival Lacerda morre aos 89 anos vítima da Covid-19

Genival Lacerda. Foto: Divulgação
O cantor Genival Lacerda, de 89 anos de idade, morreu por complicações da Covid-19. Ele estava internado na UTI desde o dia 30 de novembro e, segundo recentes comunicados da assessoria de imprensa dele, seu estado era grave e ele respirava com a ajuda de aparelhos.
Com mensagem breve em seu Instagram, o filho do artista, Genival Lacerda Filho, revelou a informação no começo da manhã desta quinta-feira (7). “Painho faleceu”, escreveu ele.
“O quadro de saúde de Genival Lacerda continua grave, com pneumonia severa, ainda sem apresentar melhoras. A pressão arterial está controlada e os rins funcionando bem”, informou o boletim divulgado no último domingo (20).
No dia 8 de dezembro, Genival teve a pressão arterial e as taxas normalizadas, além de cessão da febre. De acordo com a assessoria de imprensa do artista, com a boa nova ele teve inclusive redução na sedação.
No último 30 de novembro, Genival Lacerda foi internado na UTI após testar positivo para a Covid-19. Em meados de maio, o cantor já tinha passado pelo hospital e sido internado após sofrer um AVC. Segundo o “Jornal do Comércio”, o cantor paraibano estava em casa quando passou mal.
Genival Lacerda foi um dos grandes nomes do forró e, com carisma e irreverência, se tornou um ídolo popular. Conhecido por todo o Brasil durante 64 anos de carreira, era um símbolo da cultura do Nordeste.
A consagração nacional em sua trajetória artística veio com “Severina Xique Xique”, de 1975. O refrão “ele tá de olho é na butique dela” virou sua marca.
Em seguida, vieram sucessos como “Radinho de pilha”, “Mate o véio” e “De quem é esse jegue”, que consolidaram o estilo bem humorado do “seu Vavá”, como também era conhecido.
O músico viveu no Rio durante o auge da popularidade do forró no Sudeste, e conviveu com outros artistas fundamentais do estilo como Dominguinhos e Luiz Gonzaga. Nos últimos anos, não tinha novos sucessos nas rádios, mas manteve o ritmo de shows e o reconhecimento popular.
No final de 2017, recebeu no Palácio do Planalto a medalha da Ordem do Mérito Cultural (OMC). Na cerimônia, Genival tirou seu chapéu estampado de bolinhas ao passar diante do então presidente Michel Temer.
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