Garantido é vibrante e empolgante na segunda noite, mas corre no final para não estourar tempo

Segunda noite do Garantido 2019. Foto: Justino Guimarães/Divulgação

O Garantido apostou na alegria do povo como subtema para a segunda noite e deu conta do recado. A vibração e empolgação dos brincantes na arena e da galera foram o ponto alto da apresentação do bumbá, na madrugada deste domingo (30), quando foi o último a passar pelo Bumbódromo. No entanto, uma correria no final da exibição para não estourar o tempo máximo permitido de 2 horas e 30 minutos pode prejudicar o touro branco na apuração.

+ Galeria de fotos

Segunda noite do Garantido 2019. Foto: Justino Guimarães/Divulgação

O boi do coração iniciou sua apresentação com a força da galera e apostou em seus hits de 2019, as toadas “Povo do Garrote”, “Meu nome é povão” e “Legião vermelha”. Os torcedores na arquibancada corresponderam durante toda a apresentação e saíram com a certeza de que fizeram sua parte para alcançar a nota máxima. Quem também teve desempenho de excelência foi o apresentador Israel Paulain e o levantador de toadas Sebastião Júnior. O amo do boi, Gaspar Medeiros, melhorou em relação à primeira noite, mas ainda pode evoluir.

A celebração folclórica “Viva São João” foi a primeira alegoria a ser trazida para o Bumbódromo. Nela veio a rainha do folclore Brenda Beltrão, que foi segura, correta e vestia bela indumentária. Também chegaram a sinhazinha da fazenda, Didja Cardoso, e o boi-bumbá, que voltou a impressionar com a evolução e os olhos piscando. O módulo alegórico da celebração, contudo, pecou por falta de acabamento.

Segunda noite do Garantido 2019. Foto: Julia Andrade/SRzd

A lenda amazônica “Flechas Serpentes” funcionou e contou com bela alegoria, que trouxe a cunhã-poranga Isabelle Nogueira, em mais uma apresentação perfeita e digna de 10. Antes do anúncio da lenda, porém, as tribos indígenas “Macacos Vermelhos” não acompanharam a qualidade do item que foi apresentado em seguir. Com figurino fraco e coreografia mal sincronizada e pouco criativa, o Garantido poderá ser despontuado.

Assim como na primeira noite, os itens tribos indígenas e coreografia continuaram a ser “Calcanhar de Aquiles” para o touro branco. O que também enfrentou problemas foram os tuxauas, que não apresentaram a beleza e inovação da primeira noite, e tiveram uma evolução confusa pela arena.

Segunda noite do Garantido 2019. Foto: Justino Guimarães/Divulgação

A figura típica regional exaltou as “Erveiras da Amazônia” e teve a participação especial de Edílson Santana, que interpretou a bela toada. No final da apresentação, a alegoria se transformou em um momento de fé e trouxe Nossa Senhora do Carmo, padroeira de Parintins. Vestida da santa, a porta-estandarte Edilene Tavares mudou de indumentária e mostrou garra e raça na passagem pela arena.

O final da Garantido foi com o ritual indígena “Mura”, do artista Oséas Bentes. A apresentação do item, assim como do pajé Adriano Paketá, foram comprometidas pela falta de tempo. O bumbá precisou correr para não estourar o limite permitido e saiu do Bumbódromo com 2 horas, 29 minutos e 11 segundos.

Segunda noite do Garantido 2019. Foto: Julia Andrade/SRzd

*Colaborou Julia Andrade

Comentários

 




    gl