Juiz manda leiloar galpão de alegorias do Boi Caprichoso

Galpão de alegorias do Caprichoso, em Parintins (AM). Foto: Marcondes Maciel

O juiz da 8ª Vara Cível e de Acidentes do Trabalho de Manaus, Aldrin Henrique Rodrigues, determinou que o galpão de alegorias do Boi-Bumbá Caprichoso, em Parintins, vá a leilão judicial. A ação é para o pagamento de dívidas da associação folclórica com a empresa Comércio e Indústria Equilíbrio Ltda. A informação é do site ‘De Amazônia’.

Na decisão, expedida na última segunda-feira (12), Aldrin Henrique também pediu o bloqueio das contas da Fundação Caprichoso (escola de artes do bumbá). A dívida inicial do touro negro com a empresa Equilíbrio era de R$ 105 mil em 2015. Agora, atualizado, o valor chega a R$ 484 mil.

O juiz escreveu na sentença que foram realizadas várias diligências para conseguir um posicionamento da presidência do Caprichoso, mas não houve sucesso. “Considerando que até a presente data todas as diligências para fins de satisfação do crédito exequendo restaram infrutíferas, defiro o pedido de bloqueio de ativos financeiros, […] em nome da Fundação Boi-Bumbá Caprichoso […] por oportuno, expeça-se edital para realização do Leilão Judicial.”

O problema do Caprichoso com seu galpão ameaçado não é recente. Em setembro do ano passado, o bumbá precisou entrar na justiça para suspender o leilão do barracão de alegorias, marcado para dia 11 ou 18 do mês. Na ocasião, o bumbá disse que caso perdesse o galpão, ficaria de fora do Festival de Parintins. O argumento utilizado pelos advogados para reverter a situação em 2018 foi que a venda seria realizada com base numa avaliação do local feita cinco anos atrás.

O leilão havia sido marcado na época devido a uma dívida do Caprichoso firmada em 2010 com outra empresa, a Rio Copacabana Comércio de Fogos de Artifícios Ltda. O déficit, hoje no valor de R$ 437 mil, foi gerado na gestão do presidente Carmona Oliveira Filho, que chefiou o Caprichoso entre 2007-2010. De lá para cá, nenhum gestor que assumiu o bumbá conseguiu resolver a pendência.

No galpão do Caprichoso são construídas alegorias de figura típica, exaltação folclórica, lenda amazônica, ritual, módulos tribais e os bois que são levados para a arena. No local também funciona o Conselho de Arte, que cria e desenvolve todo o projeto do bumbá. O imóvel possui uma área de 2.956,50 metros quadrados.

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