Caprichoso exalta fé com técnica e qualidade em segunda noite de Festival de Parintins

Segunda noite do Caprichoso 2019. Foto: Diego Araújo/SRzd

Poucos foram os problemas que atingiram o Boi Caprichoso em sua segunda noite no Festival de Parintins 2019, neste sábado (29). O touro negro defendeu bem todos os itens em uma apresentação que exaltou a fé e a herança afro-brasileira, como parte do tema “Um Canto de Esperança para Mátria Brasilis”.

+ Galeria de fotos

O boi azulado iniciou sua apresentação em forma de romaria e entoou toadas relacionadas à fé. Logo no começo, o apresentador Edmundo Oran – que teve exibição melhor que da primeira noite -, acompanhado de representantes de todas as religiões, exaltou a diversidade de crenças no Brasil. A abertura do bumbá contou com um módulo alegórico que representava Nossa Senhora Aparecida, padroeira do país.

Segunda noite do Caprichoso 2019. Foto: Diego Araújo/SRzd

Primeira item do Bloco B a pisar na arena, a porta-estandarte Marcela Marialva fez mais uma apresentação segura e digna de nota máxima. Desempenho semelhante ao da sinhazinha da fazenda, Valentina Cid, e da rainha do folclore, Cleise Simas. Ambas evoluíram muito bem e contaram com belas indumentárias.

Quem teve problema foi a cunhã-poranga Marciele Albuquerque. A costeira da fantasia quebrou e caiu no final da apresentação, fato que provavelmente será descontado pelos jurados. A cunhã, contudo, mostrou garra e superação em uma dança de tirar o fôlego.

Segunda noite do Caprichoso 2019. Foto: Diego Araújo/SRzd

Ponto alto da apresentação do Caprichoso foi a vaqueirada. Os brincantes evoluíram ao som da toada “Armadura de Fé”, que homenageia São Jorge, e ‘derrotaram’ o módulo alegórico de um dragão com suas lanças. Tribos indígenas e grupos de dança, assim como na primeira noite, alcançaram nível de excelência. Bom desempenho também foi perceptível no amo do boi, Prince do Caprichoso, e na galera.

Já David Assayag, levantador de toadas, errou letras de toadas e não pareceu confortável no Bumbódromo. Contudo, no momento da apresentação de “Matriarca” como música da noite, o cantor emocionou e mostrou porque é referência no Festival de Parintins.

Segunda noite do Caprichoso 2019. Foto: Diego Araújo/SRzd

A figura típica regional exaltou o “Sacaca da Floresta” e cumpriu seu objetivo. No final, a alegoria se transformação na exaltação folclórica “Boi de Encantaria” e trouxe o touro da estrela na testa. Vale destacar a beleza e o colorido do cenário construído.

A lenda “As princesas turcas encantadas na Amazônia” foi apresentada de modo rápido e poderia ter sido melhor desenvolvida. Já “Waiá-Toré”, que concorreu como ritual indígena, foi o ápice da noite, com alegoria repleta de efeitos que trouxe o pajé Netto Simões, em mais uma apresentação irretocável.

Tranquilo e bem organizado, o Caprichoso terminou sua apresentação com folga, sete minutos antes do tempo limite.

Segunda noite do Caprichoso 2019. Foto: Diego Araújo/SRzd

*Colaborou Julia Andrade

Comentários

 




    gl