Caprichoso encerra Festival de Parintins com noite técnica dedicada às mulheres

Terceira notie do Caprichoso 2019. Foto: Diego Araújo/SRzd

Coube ao Boi-Bumbá Caprichoso a missão de encerrar o Festival de Parintins 2019, na madrugada desta segunda-feira (1º), e o touro negro não decepcionou. Com um tema amarrado e itens bem defendidos, o boi azulado mostrou técnica em uma apresentação dedicada às mulheres.

“O Brasil que a gente quer reinventar” foi o subtema da noite, que se iniciou com o bumbá defendendo que a arte é a saída para um país melhor. Em seguida, a figura típica regional exaltou as lavadeiras, com a toada “Matriarca”, que já entrou para a história do festival. A alegoria, construída por Makoy Cardoso, se transformou na celebração folclórica “Mátrias do saber popular”, em mais uma cena dedicada às mulheres.

Terceira notie do Caprichoso 2019. Foto: Julia Andrade/SRzd

Assim como nas noites anteriores, o primeiro item do Bloco B a pisar na arena foi Marcela Marialva, porta-estandarte. Com o pavilhão repleto de inovações e transformações, ela mostrou que mais uma vez tem tudo para garantir a nota máxima na apuração. As outras meninas que compõem o time feminino do Caprichoso: Marciele Albuquerque, cunhã-poranga; Valentina Cid, sinhazinha da fazenda; e Cleise Simas, rainha do folclore, também não fizeram por menos e tiveram apresentações perfeitas.

Tribos indígenas e grupos de dança também elevaram o nível da exibição do bumbá na terceira noite de festival. Uma das tribos, porém, teve problemas de alinhamento e de execução da coreografia, o que pode acarretar em perda de décimos.

Terceira notie do Caprichoso 2019. Foto: Julia Andrade/SRzd

No Bloco A, o Caprichoso teve como pontos altos o apresentador Edmundo Oran e o amo do boi Prince, que levou o Bumbódromo ao delírio com um verso de resposta ao amo contrário sobre o toque do berrante. A galera também teve bom desempenho. Já o levantador David Assayag não esteve em um dos melhores dias e errou muitas letras de toadas.

As alegorias do touro negro também foram ponto alto da exibição, com destaque para o módulo alegórico “Serpente Dinahí”, de Juarez Lima, que foi tomada por efeitos de fogo. A vaqueirada emocionou os presentes com fotos de mulheres importantes para o Festival de Parintins nas lanças.

Terceira notie do Caprichoso 2019. Foto: Julia Andrade/SRzd

A lenda amazônia trouxe “Caximarro: As Três Guerreiras”, com a aparição de Karla Thainá e Thaisa Brasil, ex-integrantes do time de itens do Bloco B. O ritual indígena “Favorável Sentença” impressionou pela alegoria, mas teve desenvolvimento rápido por conta do tempo. O final da apresentação do bumbá contou com exibição inspirada do pajé Netto Simões.

Organizado na arena, o Caprichoso encerrou a terceira noite com 2 horas e 28 minutos.

Terceira notie do Caprichoso 2019. Foto: Julia Andrade/SRzd

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