Bois de Parintins pedem justiça a índio Waiãpi: ‘Respeitem a terra dos nossos ancestrais’

Alegoria da terceira noite do Caprichoso de 2019 mostrou a dizimação dos índios. Foto: Diego Araújo/SRzd

Os bois de Parintins, Garantido e Caprichoso, usaram as redes sociais para protestar e pedir justiça para índio o Emyra Waiãpi, cacique assassinado durante uma invasão de garimpeiros no Amapá, no dia 22 de julho, segunda-feira.

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No texto publicado, o Caprichoso pediu “respeito à terra dos ancestrais”, enquanto o Garantido ressaltou que mais de 500 anos se passarão e o Brasil “continua desmatando suas florestas e manchando seu solo com sangue”.

A bandeira da resistência indígena é uma das principais do Festival de Parintins. Todo ano, no Bumbódromo, os bumbás azul e vermelho pedem o fim da dizimação e respeito a terras e populações indígenas do Brasil.

“Mais um cacique silenciado pela ganância que foi trazida de além mar e perpetuada por toda a terra, os filhos originários da Mátria pagam um preço caro por apenas ter seu pedaço de chão. Respeitem a terra do nossos ancestrais e os filhos que nela vivem. Justiça a Emyra Waiãpi!”


“Nos vemos de novo diante da necessidade de agitar a bandeira da resistência. Mais de 500 anos se passaram e o Brasil continua desmatando suas florestas e manchando seu solo com sangue daqueles que se levantam contra a destruição das riquezas naturais.

A morte do cacique Emyra Waiãpi prova que os donos dessa terra seguem sendo atacados cruelmente.

Defensor tradicional dos povos indígenas, o Garantido faz ecoar na história as lutas e resistência ameríndia e também denunciar as barbáries que parecem se avolumar cada vez mais, em um retrocesso inaceitável. Justiça!

Viva Emyra Waiãpi!”

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