Festival de Parintins 2018: Garantido encerra primeira noite com exaltação aos negros

Garantido encerra a primeira noite do Festival de Parintins 2018. Foto: Leandro Nascimento

Negro, branco e índio. Assim foi pautada a primeira noite de apresentação do Boi Garantido, nesta sexta-feira (29), que mostrou a diversidade das três raças no tema ‘Auto da Resistência Cultural’. Os negros, no entanto, tiveram destaque, com direito a toada especial e encenação dos integrantes da comissão de frente do Paraíso do Tuiuti em 2018.

A diversidade foi logo mostrada no início quando foi entoada a música ‘O Canto das Três Raças’, que serviu de pontapé inicial para a celebração folclórica. Vale ressaltar as coreografias e encenações marcantes realizadas no chão da arena.

A lenda amazônica ‘Cacique Ajuricaba’ trouxe a cunhã-poranga, Isabelle Nogueira. A estreante no item se destacou pela transformação da fantasia e por ter pintado o corpo de vermelho durante a apresentação. Destaque também para a sinhazinha da fazenda, Didja Cardoso, e rainha do folclore, Brenda Beltrão, outra que estreia em 2018.

A figura típica regional homenageou o artesão de Parintins. A alegoria, no entanto, careceu de um melhor acabamento. Nela estava Jair Mendes, pilar do artesanato parintinense e um dos responsáveis pelo festival ser o que é hoje.

Um dos momentos mais especiais ficou para a apresentação da toada da noite. ‘Consciência Negra’, do compositor Paulinho dú Sagrado, foi a escolhida. A exibição contou com o levantador de toadas, Sebastião Júnior, tocando tambor e encenação da comissão de frente da Tuiuti, vice-campeã do Carnaval carioca em 2018, coreografada por Patrick Carvalho.

A festa foi encerrada com o ritual indígena ‘O Sonho de Kanipaye-ro’, do artista Oséas Bentes, ex-Caprichoso. A alegoria impressionou pela grandiosidade. Nela veio o pajé André Nascimento, que, neste ano, completa 20 anos no Boi Garantido.

Veja fotos da primeira noite do Garantido:

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