Festival de Parintins 2018: Caprichoso encerra festa com inovação e emoção

Caprichoso se apresenta na terceira noite de Festival de Parintins 2018. Foto: Leandro Nascimento/SRzd

O parintinense tem motivo de sobra para se orgulhar, por mais um ano, do seu festival. O boi responsável por encerrar a tradicional festa foi o Caprichoso, que não deixou por menos e terminou de forma apoteótica o evento que o povo da ilha espera ao longo do ano. O bumbá azul guardou sua melhor noite para este domingo (01). A exibição foi marcada pelas surpresas e emoção na despedida da rainha do folclore Brena Dianná.

O Caprichoso iniciou a apresentação com a música “Maria, Maria” e teve a participação da eterna cunhã-poranga Daniela Assayag, que simulou uma conversa teatralizada com o apresentador Edmundo Oran. Após a cena, o levantador de toadas David Assayag e a Marujada de Guerra comandaram o espetáculo.

Com um bela alegoria em tons de palha, a figura típica regional escolhida foi a artesã. Nessa parte veio a sinhazinha da fazenda Valentina Cid. Sua roupa foi uma das surpresas trazidas pelo Caprichoso. A indumentária se transformou duas vezes e contribuiu para a evolução da sinhá. A porta-estandarte Marcela Marialva também se destacou. Em mais uma inovação, o mastro do seu estandarte chegou a 2 metros de altura e pôs o pavilhão na altura da cabine de jurados.

A lenda amazônica “Boto Romanceiro” trouxe a emoção da noite. A rainha do folclore Brena Dianná, que chegou na alegoria, se despediu do boi azul após 10 anos de reinado. Brena foi as lágrimas no início e fim da apresentação. Terminou ovacionada pela galera, tendo seu nome gritado a capela.

Outro fator surpreendente do Caprichoso foi o módulo alegórico do “Boitatá”, que trouxe a cunhã-poranga Marciele Albuquerque. A escultura de cobra teve efeitos de fogo e pareceu estar no meio de um incêndio. Já Marciele, dessa vez, não foi prejudicada pela indumentária e fez boa evolução. O ritual indígena “Dowari: O Caminho dos Mortos” impressionou pela gigantesca alegoria repleta de efeitos. O pajé Neto Simões também se destacou.

O melhor, no entanto, ficou para o final. Bem organizado, o Caprichoso encerrou as obrigatoriedades antes do tempo e conseguiu fazer a tradicional brincadeira de boi. Tribos, dançarinos, itens, diretoria e artistas se reuniram no centro do Bumbódromo para agradecer. Em um momento de emoção, o homem voador voltou a aparecer e sobrevoou a arena tremulando a bandeira do Caprichoso, que saiu aos gritos de “Bicampeão”.

Veja fotos da terceira noite:

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