Uma das maiores atrizes do país, Marieta Severo reflete sobre a morte e finitude

Marieta Severo. Foto: Reprodução de TV

Marieta Severo. Foto: Reprodução de TV

Marieta Severo, uma das maiores atrizes do Brasil, após se deparar com o sofrimento da vulnerabilidade repentina do marido, acometido por uma doença que compromete a funcionalidade, fez uma ampla reflexão sobre a finitude e a morte em entrevista ao site da “Quem”:

“A gente vai tendo a percepção sobre o envelhecimento dia a dia, a medida que vai envelhecendo. Você vai vendo os limites de seu corpo, da sua energia, que eu nem posso reclamar, porque eu sou pilhada, minha energia ainda está muito boa. Mas, de repente, já não dá para comer não sei o quê, o desgaste do corpo, isso aí você tem diariamente, à medida que o tempo vai passando”.

“Tocou para mim numa coisa que eu acho que é o grande temor da gente, porque o desgaste físico, você vai tomando um remedinho aqui, vai se cuidando ali, faz exercício, mas a questão da memória é crucial. A sua memória é a sua vida, é você poder acessar a sua vida, você perder isso é muito cruel”.

“Para nós, atores, o nosso material somos nós mesmos. O que nós usamos são as nossas sensações, as nossas vivências, a nossa memória. Quando a gente vai acessar para um personagem, a gente acessa uma lembrança, esse é o nosso manancial”.

“Para qualquer ser humano, para qualquer país, você precisa da memória que forma a sua história, quem você é, a sua identidade. Eu sou assim porque vivi tais coisas de tal maneira. Não tenho não [medo da morte]. Eu tenho medo de como a morte vai me levar. Quero que ela me leve suavemente, que aí tudo bem, que aí eu vou na boa, não tem problema, não”.

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