Sindicatos dos artistas pede cassação do registro profissional de Guilherme de Pádua

Guilherme de Pádua. Foto: Reprodução

O Sindicato dos Artistas do Rio de Janeiro (Sated-RJ) entrou com uma ação para cassar o registro profissional de ator (DRT) de Guilherme de Pádua, assassino confesso da atriz Daniella Perez.

De acordo com informações do Observatório dos Famosos, mesmo após a condenação pelo crime ocorrido em 1992, o DRT de Pádua segue ativo.

Hugo Gross, presidente da Sated-RJ, afirmou que o registro profissional do agora pastor foi cedido pelo sindicato de Minas Gerais. Ele disse que já entrou em contato com a associação para saber se Guilherme ainda é filiado a Sated mineira, além de ter enviado o pedido de cassação do registro do mesmo.


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“Através do nosso setor interno, descobrimos que esse rapaz, esse senhor Guilherme de Pádua, não tem registro através do Rio de Janeiro e, sim, em Minas Gerais. Nós já estamos em contato com a presidente do sindicato, para que possa ser realmente cassado esse registro, bem como também desfiliado do Sated de Minas, se é que ele ainda é filiado por lá”, explicou.

“O Sated de Minas, representado pela senhora Magdalena, junto ao Sated do Rio, estão em uma conversa para que ambos possam solicitar emergencialmente a cassação do registro do ex-ator, Guilherme de Pádua. Para que ele não continue fazendo parte do quadro artístico, de uma categoria tão limpa, uma categoria que preza pela imagem, lisura e transparência”, completou Gross.

Ainda de acordo com a publicação, Hugo explicou o motivo pelo qual o DRT de Pádua não foi cassado na época do assassinato: “Nós não compactuamos com pessoas que tenham essa tendência de manchar a imagem da nossa categoria. Eu acho que essa ação e esse movimento já tinham que ter sido feitos a muito tempo. Infelizmente eu não era presidente na época, então a gente precisa mostrar que nossa classe é unida, nossa classe é limpa”, finalizou.

Relembre o caso

A atriz Daniella Perez foi assassinada no dia 28 de dezembro de 1992. O corpo da artista foi encontrado em um matagal, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, perfurado com dezoito golpes fatais de punhal.

Na época, o ator Guilherme de Pádua contracenava com Daniella na novela “De Corpo e Alma”. Ele e a ex-esposa, Paula Thomaz, foram os autores do assassinato que chocou o país. No entanto, o casal só foi condenado cinco anos após o crime. Ele, a 19 anos, e ela, a 18 anos e 6 meses. Porém, com apenas sete anos de prisão, ambos foram colocados em liberdade condicional.

De acordo com o que foi apresentado à Justiça, o que motivou o crime foi que na semana do ocorrido, ao receber o roteiro da novela, ele percebeu que seu personagem não estaria presente em dois capítulos e acreditou que isso acontecera por influência dela. Isso porque o ator a assediava visando se beneficiar, já que ela era filha da autora Gloria Perez.

Na última semana, após a repercussão da série documental “Pacto Brutal”, da plataforma HBO, que conta detalhes do crime, ele publicou um vídeo pedindo perdão à mãe da atriz, depois de 30 anos. Atualmente, Guilherme é pastor da Igreja Batista da Lagoinha de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Se estivesse viva, Daniella completaria 52 anos nesta quinta-feira (11).

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