Após o lançamento da série Pacto Brutal, pela plataforma digital da HBO, o caso do assassinato da atriz Daniella Perez, há 30 anos, voltou a ganhar espaço na mídia e tem sido muito comentado nas redes sociais.
O documentário conta detalhes do crime que chocou o país, em 1992, quando a protagonista da novela De Corpo e Alma, da Rede Globo, foi morta aos 22 anos, com dezoito punhaladas, pelo colega de trabalho e par romântico na trama, o ator Guilherme de Pádua, e sua então esposa, Paula Thomaz.
Assim que a primeira parte da série foi disponibilizada, Guilherme reclamou nas redes sociais que assistiu aos episódios e aproveitou ainda para criticar a produção a definindo como parcial, pois, a pedido da autora Gloria Perez, mãe de Daniella, nem ele, nem a ex-esposa, foram ouvidos.
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Diante da repercussão que a obra tomou nas últimas semanas, o agora pastor publicou um vídeo em seu canal do Youtube nesta terça-feira (2) confessando, novamente, o crime e pedindo perdão, pela primeira vez, a Gloria e ao ator Raul Gazolla, viúvo da atriz.
No registro, ele conta que se sentiu pressionado pelas pessoas que questionaram a veracidade de sua conversão e afirmou ainda que chegou a pensar em procurar os advogados da autora a fim de encontrá-la para pedir desculpas pelo crime.
“Mas talvez eu nunca vá ter uma oportunidade real de pedir perdão. Por isso, Glória Perez, eu te peço perdão, por todo sofrimento que eu te causei. Eu jamais esqueci daquele encontro na carceragem. Nunca esqueci. Raul Gazolla, eu te peço perdão. Eu nunca esqueci do dia que eu fui chamado na delegacia, você estava lá e se arrastou até a mim. Me abraçou chorando. E ali eu vi que eu era a pior pessoa do mundo”, disse ele.
“Nunca na minha vida eu senti algo igual eu senti naquele momento. Nunca. Eu peço perdão aos familiares, aos amigos, a todos que se envolveram com essa história, que se entristeceram, que se revoltaram. Eu sei que esse pedido de perdão talvez não vá significar nada, mas eu quero deixar registrado”, completou (assista ao vídeo):
Na época, o ator Guilherme de Pádua contracenava com Daniella na novela. Os autores do assassinato só foram condenados cinco anos após o crime. Ele, a 19 anos, e Paula, a 18 anos e 6 meses. Porém, com apenas sete anos de prisão, ambos foram colocados em liberdade condicional.
De acordo com o que foi apresentado à Justiça, a motivação do crime foi que, na semana do ocorrido, ao receber o roteiro da novela, ele percebeu que seu personagem não estaria presente em dois capítulos e acreditou que isso acontecera por influência dela. Isso porque o ator a assediava visando se beneficiar, já que ela era filha da autora.
O corpo de Daniella foi encontrado num matagal, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, perfurado com dezoito golpes fatais de punhal, no dia 28 de dezembro de 1992. Atualmente, Guilherme é pastor da Igreja Batista da Lagoinha de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
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