Escola diz que não negou vaga à filha de Tico Santa Cruz; músico contesta

Tico Santa Cruz com sua filha. Foto: Reprodução/Facebook

Tico Santa Cruz com sua filha. Foto: Reprodução/Facebook

Mônica Bezerra, coordenadora da Escola Carolina Patrício, no Rio de Janeiro, negou que a instituição de ensino não tenha aceitado a filha do músico Tico Santa Cruz por questões pessoais ou perseguição política. Segundo ela, tudo não passou de um grande mal-entendido. “Não há vagas para nenhuma criança no terceiro ano na unidade que ele queria, a Barra da Tijuca, pois as matrículas começaram em outubro e foram totalmente preenchidas. No entanto, eu ia dizer a ele que existem vagas em outras duas de nossas unidades (São Conrado e Recreio), mas não houve tempo, pois ele estava muito exaltado e aborrecido ao telefone”, afirmou.

Em momento nenhum eu e a Luciana fomos informados de que havia vaga em outras unidades.

No entanto, Tico Santa Cruz disse que a história não é bem assim. “Em momento nenhum eu e a Luciana fomos informados de que havia vaga em outras unidades. Quando recebemos a ligação de uma funcionária, ela foi categórica ao dizer que não havia vaga na escola”, afirmou o músico.

A coordenadora conta que o caso começou quando ela foi procurada por Tico e a esposa Luciana, tentando matricular no quarto ano a filha Bárbara, diagnosticada com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade). “A menina completou o terceiro ano em um escola internacional. De acordo com nossa prática, solicitamos que ela fizesse um teste de avaliação, mas ela não atingiu o mínimo necessário. Então, a família solicitou que ela refizesse o terceiro ano. Como não temos o costume da prática da recolocação de alunos, coloquei que o pedido precisava ser avaliado, além de ver a disponibilidade de vagas. Ficamos de entrar em contato depois”.

Ele imaginou que não quis atendê-lo. Nossa escola não tem preconceito de qualquer ordem. Trabalhamos valores com os alunos relacionados à diversidade e ao convívio com as diferenças.

No dia seguinte, segundo Mônica, uma funcionária responsável pelas matrículas telefonou para a família para avisar que não havia vagas na unidade desejada. Tico também contesta a informação. “A verdade é que minha esposa ligou nesta terça-feira (2) e conversou cerca de 40 minutos com a Mônica, que se mostrou muito solícita. Na oportunidade, ela garantiu que havia vaga para o período da tarde na unidade Barra da Tijuca e que ligaria no dia seguinte para transmitir os procedimentos necessários para a nova avaliação. No dia seguinte, quarta (3), minha esposa recebeu um telefonema de uma funcionária da escola que, simplesmente, falou que não havia vaga. Luciana disse que gostaria de falar com a Mônica, pois havíamos tratado o assunto desde o início com ela. Fomos informados de que ela não se encontrava na escola. Achei estranho e, por isso, menos de um minuto depois, usei outro telefone, liguei utilizando um nome diferente do meu e ela atendeu”.

Mônica afirmou que estava acompanhando os trabalhos de manutenção na escola quando a esposa de Tico pediu para falar com ela e no momento em que ele telefonou já havia retornado. “Ele imaginou que não quis atendê-lo. Nossa escola não tem preconceito de qualquer ordem. Trabalhamos valores com os alunos relacionados à diversidade e ao convívio com as diferenças. Temos crianças com síndrome de Down, autismo, dislexia, mobilidade reduzida e, inclusive, TDAH”.

Interpretações

O músico diz que o comportamento da escola deu margem a algumas interpretações. “É óbvio que fiquei aborrecido. Tratamos com a Mônica durante 40 minutos no dia anterior e depois ela manda outra pessoa fazer contato e dizer que não havia vaga. Dá brecha à interpretação de que foi algo pessoal, embora não possa afirmar, ou que ela não queria dar a notícia para nós. Eu falei para ela: ‘Mônica, estou começando a achar que é pessoal’. Foi quando ela foi categórica: ‘Não fazemos recolocação de alunos nessa escola’. A coordenadora, por sua vez, disse que “se tivéssemos condições de oferecer a eles a vaga em outras unidades, talvez a Bárbara ficasse conosco, pois a recolocação do aluno é uma prática legal e poderíamos fazer a equivalência de currículo, uma vez que ela saiu de outra escola”, completou.

Tico Santa Cruz achou o caso desproporcional. “A própria Mônica poderia ter ligado para a Luciana e dito que não havia vaga por tais motivos. Eu só interferi quando achei que algo estava errado. Foi desnecessário. Fomos conhecer a escola e achei o lugar ótimo, mas faltou profissionalismo”, completou o músico.

Entenda o caso:

O cantor Tico Santa Cruz usou sua página no Facebook na última quarta-feira (3) para relatar que a escola não aceitou a matrícula de sua filha Barbara, diagnosticada com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Leia abaixo relato do cantor:

A Escola Carolina Patrício, famosa no Rio de Janeiro, que se diz uma escola INCLUSIVA, será mesmo uma escola inclusiva?

A Escola Carolina Patrício, famosa no Rio de Janeiro, que se diz uma escola INCLUSIVA, será mesmo uma escola inclusiva?

Vamos aos fatos.

Tenho uma filha que foi diagnosticada com TDAH e precisa voltar para uma escola brasileira, pois ficou meio ano estudando em uma instituição internacional.

Estivemos na unidade do Novo Leblon, onde fui pessoalmente conhecer as instalações e verificar a viabilidade de sua matricula.

A coordenadora do Fundamental 1 nos atendeu de forma cordial. Explicamos todo o histórico da Barbara e ela combinou de aplicar uma prova.

Fizemos o procedimento, como qualquer pessoa.

Porém após a visita e a avaliação feita por nossa filha, fomos informados que não havia mais vagas – para o 4 ano – que eles não poderiam atender uma criança com TDAH EM NENHUMA DE SUAS UNIDADES.

Resolvemos então tentar matricular nossa filha no 3o ano da CAROLINA PATRICIO. Ligamos novamente e conversamos com uma outra diretora que atendeu minha mulher no telefone – que não sabia que a Barbara era minha filha.

Foi prontamente atendida, disseram que havia vaga no 3o ano no horário da Tarde e que ela iria verificar a questão da recolocação onde seria agendada uma nova prova para que Barbara pudesse ingressar no 3o ano.

Adivinha o que aconteceu?

Recebemos um telefonema e uma pessoa deu o recado dizendo que não havia mais VAGAS NA ESCOLA (ontem havia). Minha mulher pediu para falar com a diretora MÔNICA – que ontem havia nos atendido – e disseram que ela já teria ido embora.

Achei estranho. Pensei por alguns segundos que pudesse ser algo pessoal. Resolvi ligar para a escola, 2 minutos depois, de um outro telefone. Atenderam. Eu dei um outro nome, falei que era para outro aluno – também do 3o ano – e menos de 1 minuto depois quem me atende?

A Diretora MÔNICA, surpreendentemente reapareceu na escola.

Não quero ficar parecendo um paranóico, com síndrome de perseguição, mas convenhamos, o que se espera de uma instituição que se diz séria e age de tal forma?

A diretora manda recado, diz que não está na escola e depois atende o telefone achando que está falando com outro pai?

Enfim…

Lamentavelmente, depois que eu disse que era o pai da Barbara, e que ela ligou o nome a pessoa, ficou nitidamente constrangida tentando se explicar. Por fim, mediante a está postura ALTAMENTE QUESTIONÁVEL, ela disse que não aceitaria minha filha na escola “ porque eles não fazem recolocação de alunos”, em outra palavras, eles não aceitam um aluno de uma outra escola que precisa refazer um ano.

A escola CAROLINA PATRICIO na verdade não aceitou minha filha. O que EM TESE, é um direito deles. Digo em TESE, porque consultei especialistas sobre essa questão e todos eles foram categóricos em afirmar que se quisesse entrar com uma medida judicial, em terceira instância – que fosse – a justiça me daria o direito de ingressar com minha filha lá.

Mas para que vou insistir em colocar minha filha numa escola onde aparentemente não somos bem vindos?

Fica só o relato aqui para que vocês que venham a pensam em matricular seus filhos nessa ESCOLA, que se diz INCLUSIVA, que na verdade não é bem assim. Eles escolhem quem pode e quem não pode estudar lá, só não ficou claro qual o critério.

Seguimos para 2018 ou seria 1718?

*Com Revista Fórum

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