Demissões na Record por assédio agitam bastidores

Record TV. Imagem. Reprodução/Internet

Televisão. Os bastidores da RecordTV andam agitados com a onda de demissões que vem tomando conta do departamento de jornalismo da emissora paulista. Após denúncias de assédio, alguns denunciantes e denunciados foram demitidos. Um deles foi o repórter Elian Matte, que era da equipe do Câmera Record, e denunciou, em novembro de 2023, o diretor de Recursos Humanos, Marcio Santos, que também foi dispensado. Ele estava afastado desde o início das investigações do ocorrido.

Em janeiro de 2023, a jornalista Rhiza Castro foi dispensada dois dias depois de acusar um diretor da Record News de assédio. Ela foi mandada embora com a justificativa de corte de gastos. O acusado, Thiago Feitosa, saiu 11 meses depois e fez um acordo de R$ 26 mil para não ser processado.

O jornalista Gerson de Souza também saiu da emissora paulista após ser alvo da denúncia de comportamentos abusivos e por beijar uma colega sem consentimento. Neste caso, o fato resultou em condenação. O repórter foi condenado em abril do ano passado a dois anos e meio de reclusão e teve a pena convertida em serviços comunitários, além de multa de R$ 13,2 mil. As três mulheres que fizeram as denúncias também não estão mais nos quadros da emissora.

Procurada pelo site Notícias da TV, a RecordTV emitiu o comunicado abaixo:

“A Record está comprometida em tomar medidas rigorosas para garantir um ambiente seguro e respeitoso para todos os seus funcionários. Para tanto, a empresa tem um comitê para analisar as denúncias de assédio com confidencialidade e seriedade. Todos os colaboradores que se sentirem lesados têm o apoio da empresa e são orientados a procurar imediatamente a polícia para fazer a queixa formal. Depois de apurado e investigado pelas autoridades competentes, a Record reserva o direito de tomar as medidas cabíveis. A Record colabora plenamente com as autoridades em qualquer investigação relacionada a casos de assédio. Reforçamos nosso compromisso com um ambiente de trabalho seguro e livre de assédio. Continuaremos a agir com responsabilidade e transparência em relação a essas questões. Casos de assédio são inaceitáveis e não serão tolerados na empresa”.