Claudio Francioni. Foto: Nicolas Renato Photography

Claudio Francioni

Carioca, apaixonado por música. Em relação ao assunto, estuda, pesquisa e bisbilhota tudo que está ao seu alcance. Foi professor da Oficina de Ritmos do Núcleo de Cultura Popular da UERJ, diretor de bateria e é músico amador, já tendo participado de diversas bandas tocando contrabaixo, percussão ou cantando.

Crítica: quarto dia do Rock in Rio

Após um merecido descanso de três dias, o festival está de volta. A programação de quinta-feira foi marcada por altos e baixos. Não resta muita coisa a fazer ao Capital Inicial e ao Red Hot Chili Peppers num Rock in Rio. Todo mundo já viu as duas bandas inúmeras vezes e nada mais gera curiosidade. Os brasilienses com seus hits costumeiros e com o linguajar adolescente de Dinho Ouro Preto. A única novidade foi o andamento mais lento de algumas canções, talvez para poupar o fôlego de seu “cantor”.

O RHCP tentou inovar ao deixar de fora alguns sucessos imprescindíveis pra um show de festival. A ausência mais sentida pela massa foi “Under the Bridge”. Tentou também surpreender com “Sikamikanico”, canção lançada no início dos 90 e até então nunca executada ao vivo. Os californianos trouxeram também covers de Cars, Stooges e até Josh Klinghoffer cantando Tom Waits no bis. É um show bem tocado, enérgico, mas rola um déjà vu inevitável, além das esticadas desnecessárias e cansativas no final de várias músicas.

O cheiro de coisa nova veio com o Panic! at the disco, embora não seja uma banda de sucesso recente. Com uma maturidade surpreendente, a banda do excelente frontman Brendon Urie encheu o palco com metais e cordas, mesclou canções dos seu álbuns mais recentes com algumas dos primeiros trabalhos e fez um showzaço. O cover de “Bohemian Rhapsody”, teve sua dificílima parte vocal executada ao vivo.

A outra atração do Palco Mundo ganhou um upgrade em relação a 2017, quando se apresentou no Sunset. Nile Rodgers & Chic fizeram um show muito parecido com aquele de dois anos atrás. Músicos e cantoras espetaculares, repertório fantástico, mas um som que estranhamente falhou do início ao fim. Estalos e vazios repentinos foram ouvidos da primeira à última música, coisa muito rara de acontecer em se tratando do altíssimo padrão da sonorização do Rock in Rio.

Foto: Juliana Dias/SRzd
Foto: Juliana Dias/SRzd

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