Casos de HIV criam cenário de pavor na indústria pornô

Laço Vermelho - símbolo do combate à Aids no mundo. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

Laço Vermelho – símbolo do combate à Aids no mundo. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo, publicada nesta sexta-feira (11), informou que foram confirmados ao menos três casos de atrizes pornô que tiveram testes de HIV positivos em São Paulo.

Diante deste cenário, segundo a publicação, a indústria nacional de filmes do gênero adulto estaria praticamente paralisada e está sendo obrigada a revisar a prática de sexo sem preservativos nas cenas.

Produtoras menores, grandes fornecedoras de conteúdo para plataformas nacionais e estrangeiras, interromperam gravações por falta de elenco. Nos bastidores, atores e atrizes se dizem apavorados.

Mesmo com o forte indicativo, não é possível afirmar onde aconteceram as contaminações, uma vez que os profissionais praticam sexo em suas vidas pessoais.

As produtoras têm como prática exigir a realização de exames de HIV antes das gravações e no dia das cenas eles compartilham seus resultados.

A indústria americana de cinema adulto, a maior do mundo e espelho para a brasileira, garante que exige exames médicos para prevenir a propagação do HIV. Porém, recentemente, um ator pornô que teve resultado positivo provocou o fechamento temporário da indústria pornográfica nos Estados Unidos.

O ator criticou com ênfase especial a Fundação de Cuidados Médicos da Indústria Adulta, clínica exclusiva para trabalhadores do setor pornográfico, situada no Vale de San Fernando, ao norte de Los Angeles, que segundo denunciou, o deixou meses sem tratamento.

“As pessoas por trás da indústria, os peixes grandes, precisam oferecer um sistema que funcione, que proteja seus artistas”, disse na época o profissional.

Pelo menos quatro grandes produções de filmes para adultos suspenderam suas filmagens, enquanto eram realizados testes em todos os atores. As filmagens foram retomadas cerca de duas semanas depois.

“A AIM gosta de declarar que os exames são suficientes para proteger os atores de doenças sexualmente transmissíveis e do HIV. Isto é completamente falso. Os exames não fazem nada, só te informam o que você tem ou não tem. A proteção real é a gente se proteger com um preservativo”, acrescentou na mesma ocasião.

Em caso ocorrido no Brasil no ano passado, um ator pornô denunciou ter sido afastado do set de filmagens por se recusar a realizar a cena sem preservativos. Ele ainda compartilhou que foi deixado em uma rodoviária após a negativa. Procurado pela reportagem do SRzd, ele preferiu não comentar o caso.

*Para preservar os envolvidos o SRzd se reservou ao direito de não revelar suas identidades.

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