Casagrande luta para ficar longe das drogas: ‘Se eu der um tirinho, vou ficar quatro dias cheirando’

O ex-jogador e comentarista de futebol Walter Casagrande revelou o segredo para se manter bem. Ficar longe de qualquer tipo de droga.

A declaração foi dada durante entrevista ao programa “Nasi Noite Adentro”, comandado pelo vocalista da banda Ira e que será exibida nesta quinta-feira (22) no “Canal Brasil”.

“Eu dei azar de ser dependente químico. O que eu queria na minha vida? Poder ‘dar um tirinho’, beber um vinho, ver um show de rock e ir para a minha casa dormir. Era o meu sonho. Não dá. Se eu der um tirinho, vou ficar quatro dias cheirando; se eu beber uma taça, vou tomar dez garrafas de vinho, vou pra minha casa três dias depois e minha vida vai para o inferno”, declarou.

Durante três décadas, Casagrande teve dificuldades para lidar com a dependência química. Sofreu infarto, acidente de carro e foi internado em clínicas de reabilitação. Hoje, ele ministra palestras sobre o tema e diz que procura se manter distante de qualquer substância que provoque vício.

“Então, eu não posso, é a opção que eu coloquei. Minha prioridade na vida é nunca mais usar droga. Se eu nunca mais usar, tudo acontece do jeito que está: ascensão profissional, vida sadia, eu estou ótimo, melhor momento da minha vida, recuperei o relacionamento com meus filhos. Tenho convite para várias entrevistas, porque
eu venho. Antigamente, não sei; se eu não usasse [droga] antes, eu vinha; se eu usasse, eu dava uma ligada e avisava: ‘Hoje não vai dar’. Fiz várias vezes isso”, revela.

Durante a conversa, Casagrande confessou que, na época em que jogou no Corinthians e no São Paulo na década de 80, já tinha o hábito de consumir cocaína, mas não teve problemas na atividade profissional porque nunca foi pego em exames antidoping. Ele explicou que começou a usar drogas aos 14 anos e intensificou o consumo para tentar suprir o prazer que tinha quando vencia no futebol.

Nesta nova temporada, que conta com 26 episódios, o cantor Nasi receberá em seu programa nomes como o rapper Rappin Hood, o repórter Arthur Veríssimo e a escritora Gaía Passarelli.