Carlos Alberto de Nóbrega detona Globo sobre corte de medalhões: ‘É cuspir no prato que comeram’

Carlos Alberto de Nóbrega. Foto: TV Cultura

Carlos Alberto de Nóbrega. Foto: TV Cultura

Em entrevista ao programa “Roda Viva”, exibida pela TV Cultura, na noite desta segunda-feira (3), o apresentador Carlos Alberto de Nóbrega abordou assuntos diversos, entre eles, as recentes demissões de profissionais do Grupo Globo.

Reconhecendo que como qualquer empresa, uma emissora de TV é investimento, o artista disparou: “Temos que fazer cortes’, aí manda o porteiro embora, manda o jardineiro embora…Isso não é fazer economia. Tem que mandar embora quem ganha muito e não faz nada”.

Em sua fala, ele citou nomes como Tarcísio Meira e Lima Duarte para demonstrar seu incomodo com o tema. Mediado por Vera Magalhães, o programa contou com os entrevistados: José Armando Vannucci, Fabricio Pellegrino, Karina Matias, Rafael Cortez, e Paula Carvalho, autora da pergunta envolvendo a demissão de atores veteranos.

“Tem que se haver uma coisa que é muito importante na vida: respeito humano. A minha bronca foi com o Tarcísio, que se eu falei com ele quatro ou cinco vezes foi muito, mas ele era o Tarcísio Meira. Ele fez a Globo. Ele foi um daqueles que fizeram a Globo crescer. Mandar embora porque ele está velho? Não, não dá, eu não aceito isso”, continuou o contratado do SBT.

“O Lima Duarte está com 93 anos e está fazendo merchandising até hoje, eu estou com 87 e estou trabalhando. Então por que mandar…É cuspir no prato que comeram”, pontuou Carlos Alberto, que completou: “Olha a vergonha que a pessoa sente por saber que a emissora não quer porque está fazendo cortes. Isso me incomoda”, finalizou.

Ator, escritor, roteirista e humorista, que desde 1987 comanda “A Praça é Nossa”, no SBT, Carlos Alberto de Nóbrega já fez de tudo na televisão. Aos 87 anos de idade, ele também se reinventa nas redes sociais, além de ter uma rotina que inclui shows por todo o país.

Limite para comédia

Durante a entrevista, Carlos Alberto disse ainda ser contra o “politicamente correto” no humor: “Há uma turminha que cismou que tem que ter o politicamente correto. Por que? Nós não vivemos em uma democracia? Eu vivi a ditadura, fui chamado no opala azul várias vezes. Sei como é importante você ter a liberdade de poder falar. Agora, eu acho um absurdo, meia dúzia de intelectuais… as redes sociais que estão fazendo isso”.

Questionado se existe limite na comédia, o artista defende que deve haver diferenças entre as piadas contadas na televisão e no teatro. Segundo ele, na TV é necessário ter um limite definido.

“Quando você vai ao teatro, você sabe que vai ouvir coisa pesada (…) na televisão, você está na sua casa, nós entramos na sua casa. Nós temos que ter um respeito com a sua casa”, disse.

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