Após criticar comentário homofóbico e ser chamado de ‘cheirador’, Casagrande desabafa: ‘Puro ódio’

Casagrande. Foto: Reprodução de TV

Casagrande. Foto: Reprodução de TV

O comentarista Walter Casagrande rebateu os ataques que recebeu após criticar as declarações do jogador da Seleção Brasileira de vôlei Maurício Souza. Após ser chamado de “viciado” e “cheirador” nas redes sociais, o ex-atleta usou sua coluna no site do GE para dizer que estes comentários reforçam o preconceito da sociedade.

“Depois do caso Mauricio Souza, os preconceituosos começaram a me atacar do jeito de sempre, usando minha doença como agressão. Eu fiquei um ano internado, de setembro de 2007 a outubro de 2008. Saí de alta e continuei meu tratamento até chegar ao ponto em que estou hoje. Não bebo, não fumo, obviamente não uso drogas e não costumo estar na rua de madrugada”, explicou o profissional da Rede Globo.

“Esse tipo de ataque só reforça o tamanho do preconceito da nossa sociedade, sendo que a maioria dos agressores não tem nenhum conhecimento sobre o assunto. Outros não conseguem entender, e muitos são preconceituosos mesmo”, continuou o ex-atacante.

“Tudo que o gado e os robôs estão falando é por puro ódio e ignorância. Essas pessoas ficam loucas de raiva quando são expostas pelos crimes que cometem. E aí demonstram todo seu ódio atacando quem eles consideram a pessoa que mais expôs a verdade naquele momento”, concluiu Casagrande. ​

Maurício Souza foi demitido do Fiat/Minas Tênis Clube, na última quarta-feira (28), após comentário considerado pelo clube de teor homofóbico. Ele se envolveu em uma polêmica ao criticar a história em quadrinhos do novo Super-Homem, na qual há um beijo entre o personagem e uma pessoa do mesmo sexo.

“Ah é só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar…”, escreveu o jogador. Maurício ainda criticou a decisão da TV Globo de usar pronome neutro nas novelas, em respeito a pessoas que preferem não se identificar a um gênero específico.

O caso gerou uma crise entre os companheiros de equipe e patrocinadores, que pediram ao clube “medidas cabíveis”, tendo em vista que Maurício realizou um discurso de ódio.

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