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Camila Silva, o Cisne paulistano que conquistou as areias de Copacabana

Camila Silva. Foto: Alexandre Macieira/Riotur

Camila Silva. Foto: Alexandre Macieira/Riotur

Com grande apelo nas redes sociais e o apoio declarado de muitos sambistas, Camila Silva subiu ao palco de Copacabana no último sábado, dia 12 de janeiro, para confirmar seu favoritismo e levar a coroa mais desejada do Carnaval carioca.

A Analogia aos cisnes é perfeita e pontual, para transmitir de maneira assertiva o cenário atual vivido no carnaval carioca. Cisnes são aves aquáticas, que tem sua distribuição geográfica diversificada, sendo os cisnes do hemisfério norte brancos, enquanto que os do hemisfério sul apresentam plumagem por vezes colorida, não se limitando assim, mostrar sua beleza sempre em um mesmo lugar. O que isso tem a ver com a nossa rainha? Tudo!

É muito importante que respeitemos toda e qualquer forma de amor e de declaração ao samba, com carinho e sutileza, para compreender que uma mulher negra que sobe em um palco e mostra sua arte para toda uma população, que se declara apaixonada e que é uma remanescente da cultura do Carnaval, merece no mínimo a nossa admiração e reverência. Seja ela de São Paulo, do Rio de Janeiro, do Brasil ou de qualquer outro lugar. A cultura é construída por um povo e deve ser compartilhada e abraçada por qualquer um que nela se identifique.




Em conversa com Camila, a Rainha nos relata que todo o figurino ficou do jeitinho que ela imaginou e que Fernando Magalhães (Designer do carnaval, responsável pelo figurino) e toda sua equipe, foram rápidos, planejados e deixaram-na super confortável para apresentar seu trabalho com tranquilidade e fluidez no concurso.

Os figurinos

Camila Silva. Foto: Alexandre Macieira/Riotur
Camila Silva. Foto: Alexandre Macieira/Riotur

A Beldade pisou no palco vestindo um figurino inspirado na tolerância e na paz, sentimentos esses necessários para os seres humanos no tempo em que vivemos. Em um maiô branco, com decote e mangas em segunda pele, a peça que transparecia leveza, com um olhar comportado e sensível. Construída em uma base frontal com chatons cristais ss20 e pedras furta-cor de formatos em gota, apresentava nas mangas uma continuidade em cristais e franjas de canutilho, aplicadas diretamente na segunda pele. Na cabeça e costeiro, o trabalho se manteve com os mesmos materiais, finalizando com uma arte plumária de faisões albinos de grande volume, possibilitando assim, movimentos expressivos e de fácil mobilidade para Camila.

Camila Silva. Foto: Alexandre Macieira/Riotur
Camila Silva. Foto: Alexandre Macieira/Riotur

No retorno ao palco para receber a coroa e título de Rainha do Carnaval Carioca de 2020, Camila surgiu com um figurino de temática étnica, mostrando a grandiosidade da cultura de matrizes africanas e da mulher negra, ocupando um espaço que por ela foi conquistado. O vestido que apesar de ser predominantemente branco, com um decote sensual e instigante, conseguiu enaltecer a cultura afro-brasileira, com detalhes como as estampas nos acabamentos e os tassels coloridos construídos em canutilho, mostrando suntuosidade e a riqueza necessária.




Em conversa com o queridíssimo e talentoso designer Fernando Magalhães, que já atua com seu ateliê no Carnaval há 17 anos, ele declara que vestir a Rainha (pessoa com quem ele já tem amizade há mais de 15 anos), não foi uma tarefa muito difícil, fala também de maneira muito honesta, que Camila é muito pé no chão e consciente de seu papel com muita simplicidade.

Fica aqui todo nosso respeito e votos de que seja um reinado relevante e importante para o Carnaval carioca. Estamos na torcida e vamos fazer deste carnaval um momento de renascimento da união entre os apaixonados pelo Carnaval e dos propósitos e causas que esta festa carrega.

Revisora Marcia Ferreira







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