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Um relato particular sobre a festa de lançamento do CD do Grupo Especial, por Marcio Moura

Acabo de chegar do lançamento do CD do Grupo Especial do Rio de Janeiro na Cidade do Samba. Um formato bem interessante onde os intérpretes das escolas de samba puderam escolher dois dos mais importantes sambas da trajetória de sua agremiação. No fim, todos juntos no palco. Bonito de ver!

Finalizado essa primeira parte, deu início à apresentação da safra dos sambas para o Carnaval 2019. Mestres de bateria, rainhas, musas, intérpretes e pavilhões. Show impecável, com ritmo e tempo certos. Mas durante toda a noite algo estava faltando algo. Não tinha nada a ver com o palco, com o show, com o momento. Faltou algo muito mais simples. Faltou o povo. Faltou o bandeirão! Faltou o torcedor apaixonado, aquele que não perde um ensaio, um evento. Que se emociona com o pavilhão, e grita, e chora, e briga, e chora, e canta, e chora…

Por que não fazer dessa festa uma data para entrar para o calendário de festejos da cidade? Com venda de ingressos a preços populares? No valor da entrada, já poderia se adquirir um CD. Que melhor oportunidade para tentar um autógrafo exclusivo!

Seria mais uma data para reunir apaixonados. Imagino caravanas chegando para cantar seu hino com a mesma força que fazem nos ensaios de quadra, só que agora em noite de gala! “E quem falou que meu samba não é bom?” E a comunidade ganha no grito, na garra! E barracas com camisas, bonés, lembranças! “É agora que compro a camisa do enredo!” Afinal, estamos na Cidade do Samba!

Ia ser festa para raiar o dia. Para sair com alma lavada e a certeza de que a “minha agremiação tem um sambão”. No próximo ano pode iniciar a venda antecipada, pois vai faltar espaço na cidade do samba.

É… foi disso que senti falta. Do povo que enfrenta todas as adversidades para estar nos ensaios. Que canta e pula na chuva, no Sol, no frio ou calor. Que está presente na gravação do coro do CD, mas não na festa do lançamento. Faltou o povo do samba, na melhor definição da palavra.

Talvez no próximo ano… quem sabe. Sempre há tempo para mudanças. A primeira de muitas…

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