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Uso do cartão corporativo da Presidência precisa ser revisto, por Sidney Rezende

A burocracia precisa ser enfrentada, sempre. Ela engessa o funcionamento do serviço, cria feudos, é ineficiente diante da tecnologia atual a qual quase tudo pode ser feito com o uso da computação e ferramentas de telecomunicações. Para agilizar o funcionamento da máquina pública, é preciso torná-la mais eficaz, rápida e fiscalizada com qualidade do primeiro mundo.

Falemos do uso do cartão corporativo pela presidência da República. É um instrumento que deve ser mantido. Mas de forma transparente e com comprovação séria. As contas não podem servir para se fazer churrasco da família do servidor, convidar amigos para um casamento com tudo pago pelo contribuinte, desviado para abastecer combustível nas motocicletas da rapaziada e nem para ir direto para o bolso de quem tem autorização para usá-lo com parcimônia.

Passar pano para o abuso é o pior serviço que se presta ao país. Todos têm que responder por seus atos e de subordinados sob seu círculo de poder.

Neste sentido, o modelo tem que ser republicado e aperfeiçoado. E os debates que povoam as redes sociais hoje são rasos. Peguemos como exemplo a inútil discussão de alguém que rouba um carro e é flagrado pela polícia e para se defender diz: “Mas o meu vizinho roubou dois”. Ora, o crime está consumado seja pelo furto de um pneu, um carro inteiro, dois, três, uma frota. A polícia prende, a Justiça define a culpabilidade do criminoso e ele paga proporcionalmente ao mal que causou à vítima. Um ou mil roubados é crime com dimensões distintas. Mas é crime, ora!

Não resolve o Governo Bolsonaro torrar o dinheiro e fanáticos justificarem o mal feito dizendo: “Mas o Lula gastou mais!”. E daí? Se os gastos não foram justificados, não interessa se foi sob o guarda-chuva de Bolsonaro, Lula, Dilma ou Temer. Passar pano para o abuso é o pior serviço que se presta ao país. Todos têm que responder por seus atos e de subordinados sob seu círculo de poder.

Veja abaixo o levantamento que o site Poder 360 fez dos gastos de todos os presidentes com o cartão corporativo desde o 1º mandato de Lula, corrigidos pelo IPCA:

Lula 1 – R$ 59.075.679,77
Lula 2 – R$ 47.943.615,34
Dilma 1 – R$ 42.359.819,13
Dilma 2 – R$ 10.212.647,25
Temer – R$ 15.270.257,50
Bolsonaro – R$ 32.659.369,02

O x da questão é rever onde estão os ralos da corrupção, tapar os buracos e responsabilizar quem tinha o poder da caneta. Dane-se quem está no comando. Os gastos do governo anterior são escandalosos e é possível que os anteriores também precisem de nova auditoria. Cada centavo do contribuinte deve ser respeitado.

Sidney Rezende

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