O insulto nas redes sociais é um desserviço para a sociedade, por Sidney Rezende

Anitta - Rock in Rio 2019. Foto: Juliana Dias/SRzd

Anitta – Rock in Rio 2019. Foto: Juliana Dias/SRzd

Não existe um só segundo de paz nas redes sociais sem que as pessoas utilizem-se de agressões, insultos, ataques, grosserias e ódio contra as outras. O assunto preferido destes radicais sem educação no momento é atacar os obesos. Mas logo buscarão outras vítimas. A gordofobia virou a diversão de pessoas que se escondem atrás de avatares, memes e frases ofensivas. E  já se têm até deputados surfando nesta onda sob o argumento que é uma forma de alertar para “a doença”.

Frequentemente, a opção por publicações odientas tem o propósito de desviar a atenção para assuntos relevantes que contrariam os interesses dos agressores.

Após a cantora Samara Joy levar o prêmio de “Best New Artist” durante o Grammy no domingo (5), fãs da Anitta, que disputava na mesma categoria, se deram ao trabalho de ir ao perfil da americana e derramaram o inconformismo pela derrota da brasileira. Até a cantora brasileira condenou a atitude descontrolada.

“Devolve o prêmio da Anitta”, diziam os fãs. “Desculpa, mas nunca ouvi falar dessa mulher. A Anitta tinha que ganhar”, comentou uma admiradora.

Na política nacional, o campo pantanoso nojento da incivilidade já há muito separou as pessoas por grupos ideológicos. Parentes não se suportam conforme o voto que depositaram na urna. Por qual razão Facebook, Instagram, Tik Tok e Whatsapp não são mais rigorosos? Simples, eles ganham dinheiro com as tretas.

A sociedade pode e deve enfrentar as fake news, a agressividade, a falta de educação, exigindo dos líderes, autoridades e formadores de opinião que não legitimem estas pessoas. Se nada disso der certo, a Justiça certamente ficará entupida de denúncias das vítimas desta gente sem escrúpulos. Tudo pode virar processo.

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