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A importância de cobrar seriedade dos deputados estaduais, por Sidney Rezende

Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro - Alerj. Foto: Rafael Wallace

Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro – Alerj. Foto: Rafael Wallace

Antes de Brasília, a sede física do Governo Federal ficava no antigo estado da Guanabara. Com a transferência do Distrito Federal para o cerrado brasileiro, Guanabara e o estado do Rio de Janeiro se fundiram num só, acelerando o esvaziamento político e econômico desta importante região do país. Desde sempre, os cariocas não mudaram a tecla sap dos seus cérebros para esta realidade e continuam focados nos assuntos nacionais enquanto as pautas locais são deixadas em terceiro plano.

Passou da hora das forças políticas se unirem e reposicionar as prioridades. O cidadão precisa liderar o novo tempo. Ninguém lembra bem em quem votou nos últimos anos nem para vereador e muito menos para deputado estadual. A Guanabara não existe mais, o Rio não é mais capital federal e os desmandos dos últimos 30 anos só demonstram que é preciso arejamento de ideias, organização e novos métodos. Não se sabe bem quem são os aliados.

Neste 1º de fevereiro, os deputados eleitos para a 13ª Legislatura da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) tomam posse em sessão solene no Plenário Barbosa Lima Sobrinho, no Palácio Tiradentes, antiga sede da Assembleia. A sessão será comandada pelo deputado Carlos Minc (PSB), decano da Casa, e um dos mais atuantes políticos do estado, que iniciará seu décimo mandato. A Alerj terá uma renovação de 45,7% de suas cadeiras, e essa legislatura contará com 32 novos parlamentares e 38 reeleitos.

O documento oficial de divulgação do evento apresenta que nesta nova legislatura da Alerj destaca-se o crescimento da bancada feminina, que representa 21,4% do total de parlamentares – em 2018, tinham sido eleitas 12 mulheres. O Parlamento também ganha em inclusão e diversidade, com a eleição de Dani Balbi (PCdoB), primeira transsexual a ter mandato na Assembleia; de Índia Armelau (PL), autodeclarada indígena; e de Elika Takimoto (PT), autodeclarada asiática.

O Rio de Janeiro é muito importante para deixar somente nas mãos dos políticos.

A maior bancada será do PL, com 17 deputados. Em sequência, vem a bancada do União Brasil, com oito parlamentares; seguida pelo PT, com sete; PSD, com seis; e PSol, com cinco. O PP contará com quatro deputados, enquanto o Republicanos e o Solidariedade terão três deputados cada um. Os partidos com dois representantes na Alerj são PSB, PROS, MDB, PDT e Podemos. Já Avante, PMN, Patriota, Agir, PSC, PTB, PCdoB contam com um parlamentar, cada legenda.

O mais importante é que o fluminense tem o dever de acompanhar de perto a agenda dos deputados para os próximos 4 anos, conhecer seus integrantes, cobrar, participar, visitar o plenário, se informar sobre o que está em jogo em cada projeto apresentado e a cada discussão relevante.

O Rio de Janeiro é muito importante para deixar somente nas mãos dos políticos. Se existe neste segmento gente que simpatiza com as milícias, extremistas, militantes do ódio, golpistas ou corruptos, das duas uma: ou porque o eleitor não se certificou direito na hora do seu voto ou porque deixou correr solto sem participar.

Boa sorte aos senhores deputados, mas sem fiscalização popular não chegaremos a bom porto. Está mais nas nossas mãos do que na deles. Pega a visão!

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