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Notícias atualizadas sobre o Carnaval do Rio de Janeiro.

Série enredos, parte 5: Unidos da Tijuca e Mocidade fogem do modismo

Arte: SRzd

O SRzd segue com a série Enredos. Desenvolvidos pelo carnavalesco Jaime Cezário, os textos analisam os temas das 12 escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro em 2023 (relembre todos os quatro episódios anteriores).

Saudações mundo do samba e do Carnaval! Estamos de volta para continuar nossa viagem pelo universo criativo dos enredos das escolas de samba do Grupo Especial para 2023.

Restam quatro enredo para viajarmos e, nessa coluna, vamos falar de escolas campeãs e que são simbolizadas pela Estrela e o Pavão. Suas torcidas são apaixonadas e estão sonhando com a possibilidade de uma nova conquista! E é com essa boa energia que a Mocidade Independente de Padre Miguel e a Unidos da Tijuca chegam para 2023.

Os enredos que elas vão apresentar são diferenciados e setorizados na riqueza cultural do nordeste brasileiro. A Mocidade falará de arte popular nos levando para Pernambuco, na cidade de Caruaru, na região conhecida como Alto do Moura, onde está localizado o maior Centro de Artes figurativas das Américas. A Unidos da Tijuca mostrará uma das mais belas regiões do nosso país que é a Baia de Todos os Santos, na Bahia. Histórias que possuem riqueza cultural e visual, com boas possibilidades de nos surpreender.

Esses dois enredos também fogem dos temas questionadores que andam em moda no universo das escolas de samba; eles enfocam temas regionais onde celebram a informação e conhecimento versados nas artes carnavalescas, uma combinação que em muitos carnavais trouxe desfiles memoráveis, conquistando, inclusive, títulos.

Falando em títulos memoráveis, vamos pegar a Avenida Brasil com destino a comunidade da Vila Vintém em Padre Miguel, Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Terra de gente bamba, com uma bateria que não existe mais quente, como já dizia o samba eternizado na voz da cantora Elza Soares.

A Estrela de Padre Miguel tem uma história carnavalesca das mais interessantes, pois ela sempre comprou as ideias dos carnavalescos que por lá estiveram, e se vestiu da alma do artista, uma característica curiosa e rara na personalidade desta agremiação.

Forçando um pouco a memória, vamos lembrar dos anos 70 quando ela se trajou de “barroco arlindiano”, do carnavalesco Arlindo Rodrigues, e trouxe carnavais e sambas inesquecíveis como “Mãe Menininha do Gantois”, “Festa do Divino”, “O mundo Fantástico do Uirapuru” e o primeiro campeonato com “Descobrimento do Brasil”. Depois, nos anos 80, se trajou da “tropicália fernandiana”, do carnavalesco Fernando Pinto, e foi uma sucessão de grandes trabalhos; “Tropicália Maravilha”, “Como era verde meu Xingu”, “Tupinicópolis” e o o segundo título da sua história com “Ziriguidum 2001, um carnaval nas estrelas!”.

Chegamos os dourados anos 90, onde a escola trajou o “High tech lageano”, do carnavalesco Renato Lage. A década de noventa trouxe para a Mocidade a conquista de um tricampeonato e mais dois vices, se tornando a escola a ser batida , e assim, fomos encantados pelos enredos que foram vice-campeões: “Sonhar não custa nada, ou quase nada” e “De corpo e alma na avenida”, e os do tricampeonato: “Vira, virou, a Mocidade chegou”, “Chuê, chuá, as águas vão rolar” e “Criador e Criatura”.

Depois disso, a escola não mais conseguiu se vestir da alma do artista que por lá dava nome, e olha que passaram grandes nomes do nosso Carnaval… Mas nenhum conseguiu acessar a alma da escola como esses três profissionais. Bom, para ser justo temos que falar do título que dividiu com a Portela em 2017, com o carnavalesco Alexandre Louzada com o enredo “As mil e uma noites de uma Mocidade pra lá de Marrakesh”. A escola ganhou merecidamente, mas a sinergia de outrora não acontecia com sua alma estrelada.

O leitor já deve estar se perguntado o porquê dessas lembranças! Calma, já vou fundamentar. Duas décadas já se passaram e, agora, já estamos na terceira, e a Mocidade não mais se vestiu da alma de ninguém, e digo que sem essa sinergia mágica, fica difícil dela voltar a ser a grande protagonista.

Para o Carnaval 2023, a Mocidade trouxe para assumir a função de carnavalesco Marcus Ferreira, profissional que recentemente conquistou um título no Especial com a Viradouro, fazendo o Carnaval em dupla. Agora, ele assume pela primeira vez neste grupo uma escola em carreira “solo”. O interessante é que ele tem por característica em seus enredos autorais viajar pela temática da cultura regional, especialmente a nordestina. Não estou comparando, jamais! O Marquinhos tem um caminho a trilhar, mas quem sabe pode trazer aquele jeitinho que a escola gosta tanto, de se vestir de algo que não seja o mais do mesmo, volto a afirmar, não estou desmerecendo nenhum dos grandiosos profissionais que por lá estiveram, jamais!

Porém, ouso sonhar e quem sabe ver, uma leve possibilidade da escola voltar a ter uma “cara”, um perfil, um estilo e fazer a Estrela de Padre Miguel parar de ser a escola de samba que apenas passa brilhante riscando o céu e desaparecendo no horizonte. E sim, voltar a ser no céu do Carnaval, a mais brilhante “Estrela”, quem sabe? Afinal, sonhar não custa nada… Vamos ao enredo.

O título do enredo é “Terra de meu céu, estrelas de meu chão” e vai viajar no universo das artes figurativas produzidas no Alto do Moura, Caruaru, Pernambuco. Uma sinopse das mais interessantes deste Carnaval e que precisamos ler com bastante atenção. O texto não é longo e se resume em seis parágrafos, onde acredito, estar dividido em seis setores. O curioso desse texto é que ele é narrativo, mas quando lemos com mais atenção, parece ser construído inspirado nos nomes das obras produzidas no Alto do Moura, pois muitas das cenas foram reproduzidas nessa arte de esculpir o barro.

O primeiro parágrafo da sinopse fala da criação do mundo através do barro. Explora essa teoria da criação do homem citado na bíblia cristã onde fala que o homem foi concebido depois que Deus criou o céu e a terra, e que partir do barro, o homem teria ganhado vida quando Deus assoprou o fôlego da vida em suas narinas. Dessa forma, a viagem começa, fala de um Deus criador, mas descreve detalhes característicos não do paraíso celeste e sim, da região nordestina do interior de Pernambuco, mais precisamente Caruaru, quando geograficamente cita o Rio Ipojuca que atravessa a cidade.

Na realidade esse Deus falado é o Deus do barro, é Mestre Vitalino com suas primeiras criações nas artes figurativas. Desde seis anos de idade,Vitalino já mostrava seu talento para a arte moldando pequenos animais com as sobras do barro do trabalho de sua mãe. O barro era retirado das margens do rio Ipojuca, local onde Vitalino brincava durante sua infância. Isso nos da a referencia de onde foi inspirado esse parágrafo, na música “Deus de Barro”, de Petrúcio Amorim, cantor natural da região de Caruaru:

“Amassa com a mão amassa Um boneco uma banda de pífanos Um dentista, um cavalo, um boi de carro Amassa com a mão amassa Se deus é um Vitalino, Vitalino é deus do barro”

O segundo momento do enredo começa descrevendo cenas do cotidiano da vida dos moradores artesãos do Alto do Moura, descreve as mulas carregando os saquinhos de massapê, descreve as calçadas da cidade e o arvoredo, as fornalhas cozinhando o barro para produzir arte, as igrejinhas e faz referencia saudosa ao “Padim Cícero” pedindo proteção para mais um dia de criação. Também nos trás de onde veio a inspiração destas cenas citadas no parágrafo; no livro Livro Arte do barro e olhar da arte, por Pierre Verger, que marcou o centenário de nascimento do Mestre Vitalino em 1947.

O terceiro setor já fala diretamente das peças que são criadas pelo artesão e que ficam expostas nas prateleiras (tabuinhas). Cita imagens que são retratadas nas esculturas como a rota da roça, o homem e seu cão, o boi, as feiras livres e seu colorido, as frutas do agreste brasileiro, os canaviais, os girassóis e as casas de farinha. Termina dizendo a seguinte frase: “visões que inspiram gredas e amenizam o suor da lida”, em outras palavras, visões que inspiram as arte do barro e amenizam o suor do trabalho.

O quarto setor começa citando o “Bispo Mané-Pãozeiro” que é uma criação característica do filho do Mestre Vitalino, Joel Galdino de Freitas. Essa citação é para dar referência ao que será mostrado nesse setor, o jogo de xadrez com suas peças regionais. As peças são representadas pelas figuras locais, O Rei e a Rainha são representados por Lampião e Maria Bonita, o peões viram caçadores na busca de gatos maracajás, animal típico da região, uma espécie de onça pequena ou um gato selvagem. E dessa forma vai mostrar todas as peças do jogo com suas peculiaridades. Neste parágrafos é citado: “Quimeras lendárias reinventam a arte”, que acredito ser mais uma referência a arte característica do filho do Mestre Vitalino, Joel Galdino, que tem no seu acervo de criações uma série de animais fantásticos. Quimera tem na sua tradução literal ser um monstro mitológico com cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de serpente, mas neste caso, representa essa produção fantástica do Mestre Joel Galdino, ele mesmo dizia: “Tenho inspirações em sonhos e nuvens. Eu olho para nuvem e vejo um elefante, vejo um leão com asas, e aí eu começo a criar”.

O próximo momento do enredo é dedicado a criação do “barro-sacro”, criações com referências a religiosidade local e seus santos preferidos, com destaque para os três santos juninos: São Pedro, Santo Antônio e São João. Veremos presépios, santinhas vestidas de chitas e altares protegidos por anjos.

O ultimo setor vai mostrar as festas e os folguedos tradicionais mais comumentes representados nas artes figurativas do alto do Moura. A Mocidade encerrará o desfile celebrando com o grupo folclórico de repentistas “Bacamarteiros”, o Reisado, Jaraguás do Cavalo-Marinho, o Maracatu Rural e o Boi-Teimoso versão regional do Boi-Bumba, assim a escola chaga ao fim do cortejo em absoluto alto astral , é a arte pela arte num carrossel em verde e branco mostrando as origens das “Estrelas do meu Chão”.

Um enredo rico em todo seu conjunto de conteúdo e plástica visual, onde celebra as artes figurativas do Alto do Moura na maior festa popular do planeta que é o carnaval do Rio de Janeiro, é o que posso chamar de festejar a arte pela arte.

Os temas ligados ao nordeste não trazem nenhuma novidade na Sapucaí, esse mesmo ano teremos outras agremiações com enredos que conversam com essa temática, mas vale a expectativa, pois de forma inteligente, acredito que veremos toda uma apresentação baseada em cima do tema proposto, sem fugas desnecessárias para enriquecer, pois como disse, é rico em essência. Se os Deuses do Carnaval inspirarem o artista à mostrar algo diferenciado na plástica que vai ser apresentada, fugindo daquele lugar-comum e confortável que esse enredo possibilita, quem sabe a Estrela de Padre Miguel poderá voltar a brilhar intensamente nesse céu estrelado do carnaval carioca, quem sabe…

Vamos agora sair da Vila Vintém e seguir rumo à Tijuca, esse bairro dos mais tradicionais do Rio de Janeiro, verdadeiro celeiro de bamba, afinal temos um naipe poderoso de escolas de samba que surgiram nas suas imediações, escolas quase centenárias, e é de uma delas que vamos falar, fundada em 1931, e que já em 1936 se sagrou campeã da cidade: a Unidos da Tijuca.

A escola do Morro do Borel teve na última década um momento extraordinário nas disputas do título do Grupo Especial, conquistando 3 vezes o campeonato, sendo vice em duas. Agora, nessa nova década, busca reencontrar esse caminho dourado e, para isso, manteve o carnavalesco Jack Vasconcelos no comando artístico.

Em 2022 a escola trouxe o Guaraná como enredo, conquistando a nona posição. Mas apesar de não ter voltado entre as campeãs, posso afirmar que foi uma das boas surpresas. Seu carnavalesco soube driblar as dificuldades, parecendo buscar inspiração em um artista que soube dar uma “cara” diferenciada nos quatro carnavais que por lá desenvolveu, Oswaldo Jardim.

Esse artista das cores e da espuma sabia dar nó em pingo d’água e mesmo a escola não tendo o poderio financeiro das demais, vinha altiva e soberana em suas apresentações. Ele encontrava soluções incríveis para seus temas, trazendo sempre encantamento para aqueles que assistiam. Se você não conhece seu trabalho e ama Carnaval, pesquise, é sempre bom valorizar a memória dos grandes artistas.

Nesse último Carnaval, parece que Jack foi inspirado por essa energia “oswaldiana”. E com essa sabedoria, superou com maestria as dificuldades financeiras, explorando a cor, o volume e o grafismo nas fantasias e alegorias. Era perceptível que os recursos oferecidos não eram fartos, mas é muito bom ver um artista que sabe contornar as dificuldades com arte.

Para 2023, o enredo falará da Baia de Todos os Santos na Bahia, que tem como título: É onda que vai… É onda que vem… Serei a Baía de Todos os Santos a se mirar no samba da minha terra.

Um fato interessante de ser lembrado que a Tijuca já homenageou uma baía em seus enredos, e foi no ano de 1992, com Oswaldo Jardim; a homenageada foi a Baía de Guanabara e tinha o seguinte título: “Guanabaram, o Seio do Mar”, e confesso que ainda habita em minhas memórias a imagem da comissão de frente daquele ano. Foi bonito!

A sinopse é uma das mais claras, objetivas e de fácil entendimento que eu pude ler até agora, dessas dez escolas do Grupo Especial que foram comentadas. Não tem como o leitor ter dificuldade de entender a proposta que será apresentada em forma de fantasias e alegorias, e como consequência disso, acredito que a boa ala de compositores da escola, a premiará com um belo samba. A sinopse se apresenta na forma setorizada, o que facilita muito o entendimento e clareza da proposta. Está dividida em seis setores e eles são enumerados da seguinte forma: do Mar, da Terra, dos Santos, do Povo, do Reino e da Festa.

O primeiro setor “do Mar”, fala de uma lenda atribuída aos índios tupinambás que, no princípio, na criação do mundo, conta de um magnífico pássaro de plumas brancas emergindo do centro do universo num diuturno voo sem descanso. Buscava o paraíso para pousar. Porém, avistando seu objetivo, ali despencou fatigado e morreu. Assim, suas longas asas transmutaram-se em idílicas praias e, o derradeiro bater do seu coração, abriu uma grande e profunda depressão na terra, que inundada pelas águas marinhas, deu origem à uma baía paradisíaca, o “grande mar interior” dos Tupinambás. Nascia Kirimurê!

O segundo setor “da Terra” vai falar da chegada do portugueses e tudo que com eles vieram, desde o cristianismo, a escravidão, a cana-de-açúcar, a cobiça de outros povos e as rebeliões locais, diz a sinopse:

“Construíram fortes, trouxeram a cruz, escravizados e cana-de-açúcar. Fui cobiçada pela Companhia das Índias Ocidentais, invadida pelos holandeses. Mas a terra que banho é barril dobrado; é de luta. O som de minhas ondas ecoa nos gritos das revoltas, levantes, e pela independência no dois de julho, pois a luta pela liberdade também tem um perfume de maresia”.

O terceiro setor “dos Santos” vai falar das questões da religiosidade desde a construção das igrejas com sua riqueza barroca até o surgimento do candomblé, tudo temperado com as festividades e cultos que o sincretismo fez da Bahia, mais precisamente Salvador, esse lugar tão especial para a cultura afro-brasileira, diz a sinopse:

“Sou de todos os santos e axés. Marés barrocas me fizeram África do lado de cá. Na minha beira floresceram igrejas e candomblés”.

O quarto setor “do Povo”, vai enfocar o sustento tirado pela população de suas águas através da pesca e do comércio de produtos que trouxeram riqueza para a região, diz a sinopse:

“Sou a fartura que faz as redes do povo do mar pesarem em alegria. De mim vem o sustento de pescadores, marisqueiras, catadores de pinaúna, de siri-boia, papa-fumo, chumbinho, salambi, peguari, rala coco. Meu balanço ensinou o Marinheiro Só a nadar nos versos cantados na capoeira dos estivadores e no ritmo das Marujadas e Cheganças”.

O quinto setor “do Reino” vai falar das suas águas e do reino de “Aioká” no fundo do mar, em outras palavras, o reino de Iemanjá e também, com as águas doces dos rios que deságuam trazendo o reino de Oxum. Vai falar do petróleo, esse ouro negro encontrado no seu subsolo e da beleza e o encantamento das inúmeras ilhas que fazem parte dessa baía. Cita ser é a mais linda baía do nosso litoral, uma joia da Amazônia Azul por sua preservação. E a sinopse diz assim:

“Sou o encontro de duas rainhas. O mar salgado de Iemanjá recebe as águas doces de Oxum quando os rios Paraguaçu, Subaé e Jaguaripe deságuam em mim”.

O último setor da escola termina como os povos baiano e carioca gostam, termina em festa… tem coisa melhor? Afinal é Carnaval! O enredo será fechado com o setor que tem como título: “da Festa!” e vai mostrar todas as festividades que acontecem em suas águas ou as suas margens, celebra esse lado festivo do povo baiano, sempre com aquele olhar de esperança, sonhando que em algum dia a paz reinará e viveremos só para festejar, assim diz a sinopse:

“Sou navegante da alegria, da festa. Por isso chame, chame, chame gente que eu benzo o banho de cheiro dos foliões, os blocos de caboclinhos, blocos afros e os Afoxés. Chame gente que é massa sentir os sorrisos felizes por trás das máscaras do carnaval dos mascarados, dos caretas e se alegrar com o arrasta povo do Forró do Jegue. Ó paí, que o embalo da Festa D’Ajuda já anunciou que a capela deu sinal, quem quiser sambar apareça!”.

A Unidos da Tijuca desfilará na quarta posição no domingo de Carnaval e não tenham dúvidas que será um desfile feliz, colorido e bem resolvido. Seguindo ao que vimos já nesse ano de 2022, com certeza, será uma das boas surpresas. Ao componente e torcida fica o recado de que não tenham medo de serem felizes, e ajudem o “Pavão” a abrir sua cauda com toda garra e beleza na Sapucaí! Salve o Carnaval! Salve A Mocidade! Salve a Tijuca!

Jaime Cezário é arquiteto urbanista, carnavalesco, professor e pesquisador de Carnaval.

Começou sua carreira como carnavalesco no ano de 1993, no Engenho da Rainha. Atuou em diversas escolas de samba do Rio de Janeiro, entre elas, a Estação Primeira de Mangueira, São Clemente, Caprichosos de Pilares, Paraíso do Tuiuti, Acadêmicos do Cubango, Leão de Nova Iguaçu e Unidos do Porto da Pedra. Fora do Rio, foi carnavalesco da Rouxinóis, da cidade de Uruguaiana, e União da Ilha da Magia, de Florianópolis.

Em 2007 e 2008 elaborou o trabalho de pesquisa que permitiu a declaração das escolas de samba que desfilam na cidade do Rio de Janeiro como Patrimônio Cultural Carioca, junto da Prefeitura do Rio de Janeiro e do IRPH, o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade.

Em 2013, a fantasia da ala das baianas – criada por Jaime para o Carnaval de 2012 para a Acadêmicos do Cubango –, entrou para o acervo permanente do Museu de Arte Moderna de Iowa, no EUA.

Essa fantasia está exposta no setor dedicado as festas folclóricas da América Latina e representa o Carnaval das escolas de samba do Brasil. Esse feito fez de Jaime o primeiro carnavalesco a ter uma obra exposta em acervo permanente num museu internacional.

Crédito das fotos: divulgação
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do portal SRzd

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