Será que os chats e áudios no whats geram diálogos efetivos?

Celular/WhatsApp. Foto: Pikist

Celular/WhatsApp. Foto: Pikist

Dia desses uma jovem de uns 30 anos me chamou a atenção sobre o desuso do telefonema síncrono, seja no celular, whats, ou qualquer outro aplicativo de comunicação.

Segundo a nossa discussão, para ela, diante de algo delicado a ser comunicado, bastaria enviar um áudio e pronto! É rápido, fácil, objetivo e conclusivo.

Sim, eu e toda a população do universo adotamos muito esse tipo de comunicação no nosso dia a dia e também concordo que é uma ótima ferramenta para quase a totalidade dos temas corriqueiros, até mesmo quando nossa intenção é encerrar o papo num simples áudio e não dar “pano pra manga” ou, sendo mais técnica, não demonstrar interesse em evoluir no diálogo.

Quantas vezes, enviamos e recebemos alguns áudios que se tornam quase podcasts. Ai que preguiça de ouvir, logo ativamos a velocidade 2x, né?

Acredito que as conversas “tête-à-tête”, ao modo antigo bem conhecido da geração 50+, são as que precisamos retomar dentro do mundo organizacional, porque a boa comunicação se faz principalmente no diálogo e não na velocidade 2x dos áudios ou chats de mensagens.

Para que o diálogo seja eficaz, quanto mais canais estiverem ativados melhor será o resultado da comunicação. São as palavras ditas e ouvidas, o tom de voz, o olhar, o movimento corporal e também aqueles sutis sinais que não conseguimos denominar, mas somos capazes de captar quando estamos próximos ao interlocutor, aqueles que a nossa intuição percebe. E isso só se ganha no treino diário.

Na prática, a boa comunicação se faz nas conexões, interações que abrem as possibilidades de compreensão e fortalecimento das pontes de relacionamento, o que, a meu ver, não se alcança com os áudios de WhatsApp.

O que você pensa sobre isso?

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